As atividades a seguir foram elaboradas e/ou desenvolvidas por nós, professores das oitavas séries do ensino fundamental de Marabá, e pela formadora de Língua Portuguesa Cleuzeni Santiago.
Essas atividades passaram por algumas modificações feita por mim, profª Célia Sousa, pois as transformei em Atividade Avaliativa, como pretexto para treinar "meus alunos" para a Prova Brasil que acontecerá em Novembro.
Atividade – 1
Leia:
Assaltos insólitos
Assalto não tem graça nenhuma, mas alguns, contados depois, até que são engraçados. É igual a certos incidentes de viagem, que, quando acontecem, deixam a gente aborrecidíssimo, mas depois, narrados aos amigos num jantar, passam a ter sabor de anedota.
Uma vez me contaram de um cidadão que foi assaltado em sua casa. Até aí, nada demais. Tem gente que é assaltada na rua, no ônibus, no escritório, até dentro de igrejas e hospitais, mas muitos o são na própria casa. O que não diminui o desconforto da situação.
Pois lá estava o dito-cujo em sua casa, mas vestido em roupa de trabalho, pois resolvera dar uma pintura na cozinha. As crianças haviam saído com a mulher para fazer compras e o marido se entregava a essa terapêutica atividade, quando, da garagem, vê adentrar pelo jardim dois indivíduos suspeitos.
Mal teve tempo de tomar uma atitude e já ouvia:
─ É um assalto, fica quieto senão leva chumbo.
Ele já se preparava para toda sorte de tragédias quando um dos ladrões pergunta:
─ Cadê o patrão?
Num rasgo de criatividade, respondeu:
─ Saiu, foi com a família ao mercado, mas já volta.
─ Então vamos lá dentro, mostre tudo.
Fingindo-se, então, de empregado de si mesmo, e ao mesmo tempo para livrar sua cara, começou a dizer:
─ Se quiserem levar, podem levar tudo, estou me lixando, não gosto desse patrão. Paga mal é um pão-duro. Por que não levam aquele rádio ali? Olha, se eu fosse vocês levava aquele som também. Na cozinha tem uma batedeira ótima da patroa. Não querem uns discos? Dinheiro não tem, pois ouvi dizerem que botam tudo no banco, mas ali dentro do armário tem uma porção de caixas de bombons, que o patrão é tarado por bombom.
Os ladrões recolheram tudo o que o falso empregado indicou e saíram apressados.
Daí a pouco chegavam a mulher e os filhos.
Sentado na sala, o marido ria, ria, tanto nervoso quanto aliviado do próprio assalto que ajudara a fazer contra si mesmo.
(SANTANNA Affonso Romano. Porta de Colégio eOutras Crônicas. São Paulo: Àtica 1995)
1. O dono da casa livra-se de toda sorte de tragédias, principalmente, porque
(A) aconselha a levar o som.
(B) conta os defeitos do patrão.
(C) mente para os assaltantes.
(D) mostra os objetos da casa.
2. No trecho “e o marido se entregara a essa terapêutica atividade”, a expressão destacada substitui
2. No trecho “e o marido se entregara a essa terapêutica atividade”, a expressão destacada substitui
(A) fazer compras.
(B) ir ao mercado.
(C) narrar anedotas.
(D) pintar a casa.
3. É exemplo de linguagem formal, no texto
3. É exemplo de linguagem formal, no texto
(A) “dito-cujo”.
(B) “adentrar”.
(C) “pão-duro”.
(D) “botam”.
Leia:
Leia:
4. Na tirinha, há traço de humor em
(A) “Que olhar é esse Dalila?”
(B) “Olhar de tristeza, mágoa, desilusão...”
(C) “Olhar de apatia, tédio, solidão...”
(D) “Sorte! Pensei que fosse conjuntivite!”
5. No terceiro quadrinho, os pontos de exclamação reforçam idéia de
(A) comoção.
(B) contentamento.
(C) desinteresse.
(D) surpresa.
Atividade – 2
Leia:
O boto e a Baía da Guanabara
Piraiaguara sentiu um grande orgulho de ser carioca. Se o Atobá Maroto tinha dado nome para as ilhas, ele e todos os outros botos eram muito mais importantes. Eles eram o símbolo daquele lugar privilegiado: a cidade do Rio de Janeiro.
⎯ A “mui leal e heróica cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro”.
Piraiaguara fazia questão de lembrar do título, e também de toda a história da cidade e da Baía de Guanabara.
Os outros botos zombavam dele:
⎯ Leal? Uma cidade que quase acabou conosco, que poluiu a baía? Heroica? Uma cidade que expulsou as baleias, destruiu os mangues e quase não nos deixou sardinhas para comer? Olha aí para o fundo e vê quanto cano e lixo essa cidade jogou aqui dentro!
⎯ Acorda do encantamento, Piraiaguara! O Rio de Janeiro e a Baía de Guanabara foram bonitos sim, mas isso foi há muito tempo. Não adianta ficar suspirando pela beleza do Morro do Castelo, ou pelas praias e pela mata que desapareceram. Olha que, se continuar sonhando acordado, você vai acabar sendo atropelado por um navio!
O medo e a tristeza passavam por ele como um arrepio de dor. Talvez nenhum outro boto sentisse tanto a violência da destruição da Guanabara. Mas, certamente, ninguém conseguia enxergar tão bem as belezas daquele lugar.
Num instante, o arrepio passava, e a alegria brotava de novo em seu coração.
(HETZEL, B. Piraiaguara. São Paulo: Ática, 2000. p. 16 – 20.)
1. Os outros botos zombavam de Piraiaguara, porque ele
(A) conhecia muito bem a história do Rio de Janeiro.
(B) enxergava apenas o lado bonito do Rio de Janeiro.
(C) julgava os botos mais importantes do que os outros animais.
(D) sentia tristeza pela destruição da Baía da Guanabara.
2. O fato que provoca a discussão entre as personagens é
2. O fato que provoca a discussão entre as personagens é
(A) a escolha de nomes de botos para as ilhas.
(B) a história da cidade do Rio de Janeiro.
(C) o orgulho do boto pela cidade do Rio de Janeiro.
(D) os perigos do Rio de Janeiro para os botos.
3. Em “se continuar sonhando acordado, você vai acabar sendo atropelado por um navio!”, o termo destacado estabelece, nesse trecho, relação de
3. Em “se continuar sonhando acordado, você vai acabar sendo atropelado por um navio!”, o termo destacado estabelece, nesse trecho, relação de
(A) causa.
(B) concessão.
(C) condição.
(D) tempo.
Leia:
Magia das árvores
— Eu já lhe disse que as árvores fazem frutos do nada e isso é a mais pura magia. Pense agora como as árvores são grandes e fortes, velhas e generosas e só pedem em troca um pouquinho de luz, água, ar e terra. É tanto por tão pouco! Quase toda a magia da árvore vem da raiz. Sob a terra, todas as árvores se unem. É como se estivessem de mãos dadas. Você pode aprender muito sobre paciência estudando as raízes. Elas vão penetrando no solo devagarinho, vencendo a resistência mesmo dos solos mais duros. Aos poucos vão crescendo até acharem água. Não erram nunca a direção. Pedi uma vez a um velho pinheiro que me explicasse por que as raízes nunca se enganam quando procuram água e ele me disse que as outras árvores que já acharam água ajudam as que ainda estão procurando.
— E se a árvore estiver plantada sozinha num prado?
— As árvores se comunicam entre si, não importa a distância. Na verdade, nenhuma árvore está sozinha. Ninguém está sozinho. Jamais. Lembre-se disso.
(Máqui. Magia das árvores. São Paulo: FTD, 1992.)
4. No trecho “Ninguém está sozinho. Jamais. Lembre-se disso.”, as frases curtas produzem o efeito de
(A) continuidade.
(B) dúvida.
(C) ênfase.
(D) hesitação.
5. Em que fragmento abaixo, retirado do texto, há uma personificação?
(A) “Pensem agora como as árvores são grandes e fortes, velhas e generosas e só pedem em troca um pouquinho de luz, água, ar e terra”.
(B) “Elas vão penetrando no solo devagarinho...”.
(C) “Aos poucos vão crescendo até acharem água”.
(D) “Ninguém está sozinho”.
Atividade – 3
Leia:
Seja criativo: fuja das desculpas manjadas
Entrevista com teens, pais e psicólogos mostram que os adolescentes dizem sempre a mesma coisa quando voltam tarde de uma festa. Conheça seis desculpas entre as mais usadas. Uma sugestão: evite-as. Os pais não acreditam.
─ Nós tivemos que ajudar uma senhora que estava passando muito mal. Até o socorro chegar... A gente não podia deixar a pobre velhinha sozinha, não é?
─ O pai do amigo que ia me trazer bateu o carro. Mas não se preocupem, ninguém se machucou!
─ Cheguei um minuto depois do ônibus ter partido. Aí tive de ficar horas esperando uma carona...
─ Você acredita que o meu relógio parou e eu nem percebi?
─ Mas vocês disseram que hoje eu podia chegar tarde, não se lembram?
─ Eu tentei avisar que ia me atrasar, mas o telefone daqui só dava ocupado!
1. De acordo com o texto, os pais não acreditam em
(A) adolescentes.
(B) psicólogos.
(C) pesquisas.
(D) desculpas.
2. Pode-se deduzir do texto que os adolescentes
(A) dão desculpas manjadas.
(B) mentem para seus pais.
(C) dizem sempre a mesma coisa.
(D) sabem inventar boas desculpas.
Leia:
O poder dos amigos
Uma pesquisa realizada na Suécia comprovou que bons amigos fazem mesmo bem
ao coração. O estudo acompanhou a evolução do estado de saúde de 741 homens por 15 anos e concluiu que aqueles que mantinham ótimas amizades apresentaram muito menos chances de desenvolver doenças cardíacas do que aqueles que não contavam com o ombro amigo de alguém.
ao coração. O estudo acompanhou a evolução do estado de saúde de 741 homens por 15 anos e concluiu que aqueles que mantinham ótimas amizades apresentaram muito menos chances de desenvolver doenças cardíacas do que aqueles que não contavam com o ombro amigo de alguém.
ISTOÉ, 3/3/2004.
3. De acordo com o texto, uma pesquisa realizada na Suécia concluiu que:
(A) 741 homens foram pesquisados por 15 anos.
(B) bons amigos fazem bem ao coração.
(C) doenças cardíacas apresentam evolução em pessoas que contam com ombro amigo.
(D) aqueles que mantêm boas amizades desenvolvem doenças cardíacas.
(A) A evolução do estado de saúde de 741 homens em 15 anos.
(B) A amizade favorece a saúde do coração.
(B) A amizade favorece a saúde do coração.
(C) A amizade garante sua saúde por 15 anos.
(D) Uma pesquisa realizada na Suécia.
Atividade – 4
Leia:
Os desastres de Sofia
Qualquer que tivesse sido o seu trabalho anterior, ele o abandonara, mudara de profissão e passara pesadamente a ensinar no curso primário: era tudo o que sabíamos dele.
O professor era gordo, grande e silencioso, de ombros contraídos. Em vez de nó na garganta, tinha ombros contraídos. Usava paletó curto demais, óculos sem aro, com um fio de ouro encimando o nariz grosso e romano. E eu era atraída por ele. Não amor, mas atraída pelo seu silêncio e pela controlada impaciência que ele tinha em nos ensinar e que, ofendida, eu adivinhara. Passei a me comportar mal na sala. Falava muito alto, mexia com os colegas, interrompia a lição com piadinhas, até que ele dizia, vermelho:
─ Cale-se ou expulso a senhora da sala.
Ferida, triunfante, eu respondia em desafio: pode me mandar!Ele não mandava, senão estaria me obedecendo. Mas eu o exasperava tanto que se tornara doloroso para mim ser o objeto daquele homem que de certo modo eu amava. Não o amava como a mulher que eu seria um dia, amava-o como uma criança que tenta desastradamente proteger um adulto, com a cólera de quem ainda não foi covarde e vê um homem forte de ombros tão curvos. (...)
LISPECTOR. Clarice. A legião estrangeira. São Paulo: Ática, 1997. p. 11.
1. No trecho “... mudara de profissão e passara pesadamente a ensinar no curso primário...” a palavra destacada significa que:
(A) O professor ensinava com impaciência e lentamente.
(B) A profissão era um fardo para o professor.
(C) O professor andava carregado.
(D) O professor era grande, gordo e silencioso.
2. De acordo com o texto o professor de Sofia era:
(A) Um homem atraente e dedicado em ensinar no curso primário.
(B) Um adulto doente de cólera.
(C) Impaciente ao ensinar os alunos.
(D) Um homem fraco, mas que falava muito alto.
3. Pela leitura do texto e levando em consideração as ideias nele expostas, fica claro que sua finalidade é:
(A) Defender a tese de que o professor sempre expulsa da sala de aula o aluno que o desafia.
(B) Narrar fatos baseados nas experiências vividas pela personagem narradora.
(C) Descrever um professor do ensino primário.
(D) Informar sobre o sistema educativo brasileiro.
Leia:
Prezado Senhor
Somos alunos do Colégio Tomé de Souza e temos interesse em assuntos relacionados a aspectos históricos de nosso país, principalmente os relacionados ao cotidiano de nossa História, como era o dia-a-dia das pessoas, como eram as escolas, a relação entre pais e filhos etc. Vínhamos acompanhando regularmente os suplementos publicados por esse importante jornal. Mas agora não encontramos mais os artigos tão interessantes. Por isso, resolvemos escrever-lhe e solicitar mais matérias a respeito.
4. O tema de interesse dos alunos é
(A) cotidiano.
(B) escola.
(C) História do Brasil.
(D) relação entre pais e filhos.
5. O objetivo principal do texto é
(A) expor os temas de interesse dos alunos.
(B) informar que os alunos não estão encontrando mais os artigos interessantes.
(C) solicitar que sejam publicadas mais matérias a respeito de aspectos históricos do país.
(D) parabenizar o jornal pelas publicações.
Atividade – 5
Leia:
Texto I
A criação segundo os índios Macuxis
No início era assim: água e céu.
Um dia, um Menino caiu na água. O sol quente soltou a pele do Menino. A pele escorregou e formou a terra. Então, a água dividiu o lugar com a terra.
E o Menino recebeu uma nova pele cor de fogo.
No dia seguinte, o Menino subiu numa árvore. Provou de todos os frutos. E jogou todas as sementes ao vento. Muitas sementes caíram no chão. E viraram bichos. Muitas sementes caíram na água. E viraram peixes. Muitas sementes continuaram boiando no vento. E viraram pássaros.
No outro dia, o Menino foi nadar. Mergulhou fundo. E encontrou um peixe ferido. O peixe explodiu. E da explosão surgiu uma Menina.
O Menino deu a mão para a Menina. E foram andando. E o Menino e a Menina foram conhecer os quatro cantos da Terra.
Texto II
A criação segundo os negros Nagôs
Olorum. Só existia Olorum. No início, só existia Olorum.
Tudo o mais surgiu depois.
Olorum é o Senhor de todos os seres.
Certa vez, conversando com Oxalá, Olorum pediu:
– Vá preparar o mundo!
E ele foi. Mas Oxalá vivia sozinho e resolveu casar com Odudua. Deste casamento, nasceram Aganju, a Terra Firme, e Iemanjá, Dona das Águas. De Iemanjá, muito tempo depois, nasceram os Orixás.
Os Orixás são os protetores do mundo.
(BORGES, G. et al. Criação. Belo Horizonte: Terra, 1999.)
1. Comparando-se essas duas versões da criação do mundo, constata-se que
(A) a diferença entre elas consiste na relação entre o criador e a criação.
(B) a origem do princípio religioso da criação do mundo é a mesma nas duas versões.
(C) as divindades, em cada uma delas, têm diferentes graus de importância.
(D) as diferenças são apenas de nomes em decorrência da diversidade das línguas originárias.
2. A finalidade dos dois textos acima é
(A) relatar como surgiu o homem.
(B) explicar a criação do mundo.
(C) narrar histórias protagonizadas por deuses.
(D) informar aos leitores a respeito da origem do mundo.
Leia:
As Amazônias
Esse tapete de florestas com rios azuis que os astronautas viram é a Amazônia. Ela cobre mais da metade do território brasileiro. Quem viaja pela região, não cansa de admirar as belezas da maior floresta tropical do mundo. No início era assim: água e céu.
É mata que não tem mais fim. Mata contínua, com árvores muito altas, cortada pelo Amazonas, o maior rio do planeta. São mais de mil rios desaguando no Amazonas. É água que não acaba mais.
(SALDANHA, P. As Amazônias. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995.)
3. No texto, o uso da expressão “água que não acaba mais” (ℓ. 6) revela
(A) admiração pelo tamanho do rio.
(B) ambição pela riqueza da região.
(C) medo da violência das águas.
(D) surpresa pela localização do rio.
4. O texto trata
(A) da importância econômica do rio Amazonas.
(B) das características da região Amazônica.
(C) de um roteiro turístico da região do Amazonas.
(D) do levantamento da vegetação amazônica.
5. A frase que contém uma opinião é
(A) “cobre mais da metade do território brasileiro”. (ℓ. 2)
(B) “não cansa de admirar as belezas da maior floresta”. (ℓ. 2-3)
(C) “... maior floresta tropical do mundo”. (ℓ. 3)
(D) “é Mata contínua [...] cortada pelo Amazonas”. (ℓ. 4-5)
Atividade – 6
Leia:
Meu engraxate
É por causa do meu engraxate que ando agora em plena desolação. Meu engraxate me deixou.
Passei duas vezes pela porta onde ele trabalhava e nada. Então me inquietei, não sei que doenças mortíferas, que mudança pra outras portas se pensaram em mim, resolvi perguntar ao menino que trabalhava na outra cadeira. O menino é um retalho de hungarês, cara de infeliz, não dá simpatia alguma. E tímido o que torna instintivamente a gente muito combinado com o universo no propósito de desgraçar esses desgraçados de nascença. "Está vendendo bilhete de loteria", respondeu antipático, me deixando numa perplexidade penosíssima: pronto! Estava sem engraxate! Os olhos do menino chispeavam ávidos, porque sou dos que ficam fregueses e dão gorjeta. Levei seguramente um minuto pra definir que tinha de continuar engraxando sapatos toda a vida minha e ali estava um menino que, a gente ensinando, podia ficar engraxate bom.
ANDRADE, Mário de. Os filhos da Candinha.São Paulo, Martins, 1963. p. 167.
1. De acordo com o texto, qual o motivo da desolação do narrador?
(A) O menino é um retalho hungarês.
(B) O seu engraxate foi embora.
(C) O menino agora vende bilhete de loteria.
(D) O engraxate era tímido.
2. No texto, o uso da expressão “os olhos do menino chispeavam ávidos”, significa:
(A) Os olhos brilhavam rapidamente.
(B) Os olhos procuravam.
(C) Os olhos lacrimejavam.
(D) Os olhos se movimentavam lentamente.
3. Pode-se deduzir do texto que o engraxate do narrador:
(A) Mudou de profissão.
(B) Estava doente.
(C) Mudou o local de trabalho.
(D) Voltou pra Hungria.
Leia:
No mundo dos sinais
Sob o sol de fogo, os mandacarus se erguem,cheios de espinhos. Mulungus e aroeiras expõem seus galhos queimados e retorcidos, sem folhas, sem flores, sem frutos.
Sinais de seca brava, terrível!
Clareia o dia. O boiadeiro toca o berrante, chamando os companheiros e o gado.
Toque de saída. Toque de estrada.
Lá vão eles, deixando no estradão as marcas de sua passagem.
TV Cultura, Jornal do Telecurso.
4. A opinião do autor em relação ao fato comentado está em
(A) “os mandacarus se erguem”.
(B) “aroeiras expõem seus galhos”.
(C) “Sinais de seca brava, terrível!”.
(D) “Toque de saída. Toque de entrada”.
Leia:
Há muitos séculos, o homem vem construindo aparelhos para medir o tempo e não lhe deixar perder a hora. Um dos mais antigos foi inventado pelos chineses e consistia em uma corda cheia de nós a intervalos regulares. Colocava-se fogo ao artefato e a duração de algum evento era medida pelo tempo que a corda levava para queimar entre um nó e outro. Não há registros, mas com certeza diziam-se coisas como: “Muito bonito, não? Você está atrasado há mais de três nós!”
Jornal O Estado de São Paulo, 28/05/1992.
5. A finalidade do texto é
(A) argumentar.
(B) descrever.
(C) informar.
(D) narrar.
Atividade – 7
Leia:
O Sapo
Era uma vez um lindo príncipe por quem todas as moças se apaixonavam. Por ele também se apaixonou a bruxa horrenda que o pediu em casamento. O príncipe nem ligou e a bruxa ficou muito brava. “Se não vai casar comigo não vai se casar com ninguém mais!” Olhou fundo nos olhos dele e disse: “Você vai virar um sapo!” Ao ouvir esta palavra o príncipe sentiu estremeção. Teve medo. Acreditou. E ele virou aquilo que a palavra feitiço tinha dito. Sapo. Virou um sapo.
(ALVES, Rubem. A alegria de ensinar. Ars Poética, 1994.)
1. No trecho “O príncipe NEM LIGOU e a bruxa ficou muito brava.”, a expressão destacada significa que
(A) não deu atenção ao pedido de casamento.
(B) não entendeu o pedido de casamento.
(C) não respondeu à bruxa.
(D) não acreditou na bruxa.
Leia
2. Pela resposta do Garfield, as coisas que acontecem no mundo são
(A) assustadoras.
(B) corriqueiras.
(C) curiosas.
(D) naturais.
Leia:
Uma história comum na Amazônia é a do caboclo que, sem alternativa, sucumbe à tentação de derrubar árvores para sobreviver. Aos 43 anos, o amapaense Paulo Barbosa de Almeida é uma exceção. Primeiro porque jamais pegou malária nem sangrou de morte uma árvore sequer, ao contrário da maioria das 400 famílias esparramadas pelos 3 assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Matão do Piaçacá, a oeste de Macapá. Almeida exerce função executiva na cooperativa agroextrativista. Sempre que tem dinheiro para a gasolina, ele monta na sua mobilete e roda os 90 quilômetros de estrada esburacada até a capital onde moram sua mulher e os sete filhos, o menor com nove anose o maior com 19. No terreno de quatro hectares conquistado em 1996, ele plantou cupuaçu, banana, café, mandioca e caju. Até agora, nada rendeu. "Vou 'tareando', fazendo das tripas coração. Sei que regredi e o pouco que eu tinha acabou. Vim em busca de um futuro bom para minha família, mas vivo no limite", queixa-se. Quando não está de carona ou de mobilete, Almeida usa um calejado meio de transporte, o par de botas de cano alto. Chapéu para se proteger do calor maior pela ausência de sombras, ele percorre a pé os 24 quilômetros que separam o seu terreno do centro comercial. Sem crédito para comprar sementes, os assentados se organizam para adiar pagamento dos empréstimos antigos. O prazo expirou sem que a produção agrícola frutificasse. "A solução é prolongar a dívida porque o cupuaçu vai dar uma hora ou outra", diz Almeida. Sem tantas ilusões, o cearense Lenilson Marcelino, 30 anos, e o paraense João Junho Silva, 22, não cogitam abandonar suas terras. Sabem que, se a situação apertar, vão trocar a enxada por uma motosserra para derrubar madeira.
Revista IstoÉ, nº 1.711, São Paulo, Editora Três, 17/7/2002.
3. A principal finalidade do texto é:
(A) convencer
(B) relatar
(C) informar
(D) Descrever
4. O tema central do texto é:
(A) desmatamento.
(B) a vida do amapaense Paulo.
(C) a reforma agrária.
(D) uma história comum na Amazônia.
5. Levando-se em consideração o texto e o tema do desmatamento, pode-se afirmar que:
(A) todos os caboclos sucumbem à tentação de derrubar árvores.
(B) todos os camponeses mencionados no texto apresentam a mesma opinião sobre o desmatamento.
(C) os caboclos Paulo Barbosa e Lenilson Marcelino possuem a mesma opinião em relação à derrubada de árvores.
(D) Lenilson Marcelino e João Junho ao contrário de Paulo Barbosa de Almeida não veem problemas em desmatar, se a situação apertar.
Atividade – 8
Leia:
Gravidez Precoce
A gravidez precoce é considerada como um problema de saúde pública no Brasil e em outros países. No Brasil, uma em cada quatro mulheres que dão à luz nas maternidades tem menos de 20 anos de idade. Estas meninas, que não são mais crianças, tampouco adultas, estão em processo de transformação e, ao mesmo tempo, prestes a serem mães. O papel de criança que brinca de boneca e de mãe na vida real confunde-se e, na hora do parto, é onde tudo acontece. A fantasia deixa de existir para dar lugar à realidade. É um momento muito delicado para essas adolescentes e que gera medo, angústia, solidão e rejeição.
As adolescentes grávidas vivenciam dois tipos de problemas emocionais: um pela perda de seu corpo infantil e outro por um corpo adolescente recém-adquirido que está se modificando novamente pela gravidez. Estas transformações corporais rapidamente ocorridas, de um corpo em formação para o de uma mulher grávida, são vividas muitas vezes com certo espanto pelas adolescentes. Por isso é muito importante a aceitação e o apoio quanto às mudanças que estão ocorrendo, por parte do companheiro, dos familiares, dos amigos e principalmente dos pais.
A escola muitas vezes não dispõe de estrutura adequada para acolher uma adolescente grávida. O resultado é que a menina acaba abandonando os estudos durante a gestação, ou após o nascimento da criança, trazendo consequências gravíssimas para o seu futuro profissional.
Os riscos de complicações para a mãe e para a criança são consideráveis quando o atendimento médico pré-natal é insatisfatório. Isto ocorre porque, normalmente, a adolescente costuma esconder a gravidez até a fase mais adiantada, impedindo uma assistência pré-natal desde o início da gestação. É muito comum também o uso de bebidas alcoólicas e cigarros o que aumenta os riscos de surgimento de problemas.
Ainda existe a possibilidade de gestações sucessivas, riscos do aborto provocado e dificuldades para a amamentação. Por isso, a gravidez entre adolescentes deve ser encarada como um problema não apenas médico, mas de toda a sociedade. É importante a participação da família, serviços médicos e instituições, tanto governamentais como não-governamentais, no combate à gravidez precoce e indesejada.
(Lúcia Helena Salvetti De Cicco – Editora Chefe)
1. O texto “Gravidez precoce” visa:
(A) Dissertar sobre a gravidez na adolescência.
(B) Narrar um caso de gravidez precoce.
(C) Descrever o que acontece com a adolescente fisicamente após uma gravidez.
(D) Criticar o governo pela falta de assistência médica aos adolescentes.
2. A alternativa que expressa uma opinião sobre o fato gravidez na adolescência é
(A) “No Brasil, uma em cada quatro mulheres que dão à luz nas maternidades tem menos de 20 anos de idade.”
(B) “Os riscos de complicações para a mãe e para a criança são consideráveis quando o atendimento médico pré-natal é insatisfatório.”
(C) “É importante a participação da família, serviços médicos e instituições, tanto governamentais como não-governamentais, no combate à gravidez precoce e indesejada.”
(D) “... normalmente, a adolescente costuma esconder a gravidez até a fase mais adiantada...”
Leia:
3. O gráfico acima pretende:
(A) Alertar para o desperdício de água no planeta.
(B) Mostrar o nível de poluição nos mares, lagos e rios.
(C) Indicar onde se pode encontrar água potável.
(D) Indicar onde se pode encontrar água doce e salgada no planeta.
Leia:
As eleições revelaram o outro lado da equação: a maturidade dos eleitores. Votaram nos candidatos que mostraram claramente sua agenda, com propostas viáveis e logicamente consistentes? Ou nos que se perderam em invectivas, por falta de ideias próprias? Nos que já estavam mentindo antes de ser eleitos? Nos que acusaram sem dar alternativas? Nos que se esconderam atrás de slogans grandiloquentes? Governa-se com boas ideias e boa gerência, não com sonhos, emoções e slogans.
4. A palavra “que” (l. 2) retoma o substantivo:
(A) propostas (linha 2)
(B) candidatos (linha 2)
(C) eleitores (linha 1)
(D) eleições (linha 1)
Leia:
5. O que torna o texto engraçado é que
(A) a aluna é uma formiga.
(B) a aluna faz uma pechincha.
(C) a professora dá um castigo.
(D) a professora fala “XIS” e “CÊ AGÁ”.
Atividade – 9
Leia:
Texto I
http://www.monica.com.br/mauricio-site
Texto II
Desmatamento
O desmatamento é o processo de desaparecimento de florestas, fundamentalmente causado pela atividade humana, para ampliar áreas para agropecuária e extração de madeira.
Segundo o site Brasil Escola, em cerca de 300 anos o homem já desmatou mais de 50% da vegetação natural do mundo.
No Brasil, a extração da madeira já provocou o desmatamento de cerca de 40% do território.
Estima-se que a caatinga já tenha perdido 36% de sua cobertura original, transformada em lenha e carvão.
Dados revelam que o desmatamento é responsável por 10% a 35% das emissões anuais de gases do efeito estufa. Ele também contribui para uma extinção em massa de espécies.
“Se até 2050 reduzirmos o desmatamento em 50% sobre os níveis atuais, isso economizaria emissões de 50 bilhões de toneladas de carbono na atmosfera”, afirmou PepCanadell, da entidade científica internacional Projeto Global do Carbono.
“Temos (no Brasil) um terço das florestas tropicais úmidas do mundo e quase metade do desmatamento. É desproporcional”, afirmou o pesquisador do Imazon, Adalberto Veríssimo.
(In: http://comcultura.org.br/wp-content/uploads/2009/08/folha-educativa-artigo-de-opiniao-anexo.pdf)
1. Em que sentido Chico Bento utiliza a expressão “Di isperança”, texto I?
(A) “Isperança” é um novo fruto descoberto nas proximidades do sítio.
(B) No sentido de tornar o sítio mais arborizado.
(C) Livrar o planeta do desmatamento e suas consequências.
(D) “Isperança” de não faltar frutos no planeta.
2. O texto II difere do texto I
(A) por apresentar uma definição de desmatamento e dados relativos ao desmatamento no mundo e no Brasil.
(B) por apresentar como tema o desmatamento.
(C) por apresentar o tema de forma humorística.
(D) por querer conscientizar a população a respeito dos malefícios do desmatamento.
3. Identifique o trecho abaixo que apresenta uma opinião relativa ao fato “Temos (no Brasil) um terço das florestas úmidas do mundo e quase metade do desmatamento”, texto II.
(A) “Ele também contribui para uma extinção em massa de espécies”.
(B) “... isso economizaria emissões de 50 bilhões de toneladas de carbono na atmosfera”.
(C) “É desproporcional”.
(D) “Estima-se que a caatinga já tenha perdido 36% de sua cobertura original”.
Leia:
O drama das paixões platônicas na adolescência
Bruno foi aprovado por três dos sentidos de Camila: visão, olfato e audição. Por isso, ela precisa conquistá-lo de qualquer maneira. Matriculada na 8ª série, a garota está determinada a ganhar o gato do 3º ano do Ensino Médio e, para isso, conta com os conselhos de Tati, uma especialista na arte da azaração. A tarefa não é simples, pois o moço só tem olhos para Lúcia – justo a maior “crânio” da escola. E agora, o que fazer? Camila entra em dieta espartana e segue as leis da conquista elaboradas pela amiga.
REVISTA ESCOLA, março 2004, p. 63
4. Pode-se deduzir do texto que Bruno
(A) chama a atenção das meninas.
(B) é mestre na arte de conquistar.
(C) pode ser conquistado facilmente.
(D) tem muitos dotes intelectuais.
Observe o gráfico abaixo:
REVISTA VEJA, 28/07/1999.
5. A ideia principal do texto é
(A) o crescimento da área cultivada no Brasil.
(B) o crescimento populacional.
(C) o cultivo de grãos.
(D) o sucesso da agricultura moderna.
Atividade – 10
Leia:
O Globo – 07/02/2005
1. Considerando-se os dados relativos às verbas recebidas e ao desempenho em matemática, nos estados, conclui-se que
(A) há uma relação direta entre quantidade de verbas por aluno e desempenho médio dos alunos.
(B) Minas Gerais teve menos recursos por aluno e apresentou baixo desempenho médio dos alunos.
(C) o maior beneficiado com recursos financeiros por aluno foi Roraima.
(D) São Paulo recebeu maiores verbas por aluno por ser o maior estado.
Leia:
O trecho abaixo é de autoria de Ruy Castro e foi publicado pela Folha de S. Paulo, em 19 de setembro de 2007, p. A-2. Leia-o e, em seguida, responda a questão 17.
“Até que, a partir de 1970, os sacos plásticos substituíram os de papel e, além de não parar em pé, soterraram o planeta com sua vulgaridade, feiúra e, olha só, indestrutibilidade. Julgando-os “descartáveis”, só há pouco descobrimos que cada um levará cerca de 500 anos na natureza até ser absorvido por ela – se um dia o for.”
2. O pronome “os” em “julgando-os” (l. 3) refere-se a
(A) sacos plásticos.
(B) sacos de papel.
(C) planeta.
(D) homens.
Leia:
A dor de crescer
Período de passagem, tempo de agitação e turbulências. Um fenômeno psicológico e social, que terá diferentes particularidades de acordo com o ambiente social e cultural. Do latim ad, que quer dizer para, e olescer, que significa crescer, mas também adoecer, enfermar. Todas essas definições, por mais verdadeiras que sejam, foram formuladas por adultos.
"Adolescer dói" − dizem as psicanalistas [Margarete, Ana Maria e Yeda] – "porque é um período de grandes transformações. Há um sofrimento emocional com as mudanças biológicas e mentais que ocorrem nessa fase. É a morte da criança para o nascimento do adulto. Portanto, trata-se de uma passagem de perdas e ganhos e isso nem sempre é entendido pelos adultos."
Margarete, Ana Maria e Yeda decidiram criar o “Ponto de Referência” exatamente para isso. Para facilitar a vida tanto dos adolescentes quanto das pessoas que os rodeiam, como pais e professores. “Estamos tentando resgatar o sentido da palavra diálogo” – enfatiza Yeda – “quando os dois falam, os dois ouvem sempre concordando um com o outro, nem sempre acatando. Nosso objetivo maior talvez seja o resgate da interlocução, com direito, inclusive, a interrupções.”
Frutos de uma educação autoritária, os pais de hoje se queixam de estar vivendo a tão alardeada ditadura dos filhos. Contrapondo ao autoritarismo, muitos enveredam pelo caminho da liberdade generalizada e essa tem sido a grande dúvida dos pais que procuram o “Ponto de Referência”: proibir ou permitir? “O que propomos aqui” – afirma Margarete – “é a consciência da liberdade. Nem o vale-tudo e nem a proibição total. Tivemos acesso a centros semelhantes ao nosso na Espanha e em Portugal, onde o setor público funciona bem e dá muito apoio a esse tipo de trabalho porque já descobriram a importância de uma adolescência vivida com um mínimo de equilíbrio. Já que o processo de passagem é inevitável, que ele seja feito com menos dor para todos os envolvidos”.
(MIRTES, Helena. In: Estado de Minas, 16 jun. 1996)
3. No texto, o argumento que comprova a ideia de ser a adolescência um período de passagem é
(A) adolescentes sofrem mudanças biológicas e mentais.
(B) filhos devem ter consciência do significado de liberdade.
(C) pais reclamam da ditadura de seus filhos.
(D) psicólogos tentam recuperar o valor do diálogo.
4. A tese defendida no texto está expressa no trecho
(A) o diálogo pode tornar o período da adolescência menos doloroso.
(B) a adolescência é um período de passagem, em que há perdas e ganhos e isso nem sempre é entendido pelos adultos.
(C) os pais ficam em dúvidas quanto a como proceder com seus filhos adolescentes.
(D) muitos pais enveredam pelo caminho da liberdade generalizada.
Leia:
(A) condenar a prática de exercícios físicos.
(B) desestimular o uso das bicicletas.
(C) caracterizar o diálogo entre gerações.
(D) criticar a falta de perspectiva do pai.
tem umas duas questões emmmmmmmm!!!!!!
ResponderExcluirum bora ver se muita gente vai conseguir!!!!!
ResponderExcluirrayane