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quinta-feira, 31 de março de 2011

Contos de fada renovados

Este trabalho surgiu como proposta de aplicação dos estudos feitos no Gestar II, tendo como um dos objetivos desenvolver algo diferenciado, com relação à leitura, daquilo que costumamos observar na prática utilizada na maioria das escolas. Pois, percebe-se que tal prática pouco tem contribuído para a formação de leitores competentes. O mesmo fez parte da disciplina de Língua Portuguesa ministrada por mim, profª Célia Sousa Carneiro, na turma da 8ª série A – 2010, tendo como tema “Os contos de fada”. Seu principal objetivo foi socializar as produções dos alunos acerca dos contos de fadas a partir de uma perspectiva renovada.


 
Amanda Maria Gomes Ferreira
Brenda Wesleny Pereira da Silva


A bela desmaiada

Há muito tempo atrás, num reino tão, tão distante, vivia um rei e uma rainha que sonhavam em ter um filho.
Em um belo dia quando a rainha estava em sua luxuosa piscina, uma rã encantada saiu aos pulos de dentro de seu suco e lhe disse:
- Seu sonho se realizará. Você terá uma linda filha.
A promessa da rã se realizou, e nasceu uma linda menina. O rei muito feliz com a notícia realizou uma grande festa para comemorar o nascimento de sua filha.
Convidaram familiares e amigos, mais próximos até as fadas que viviam ali perto.
Na região viviam treze fadas e como só havia doze pratos de ouro resolveram não convidar uma delas.
Tudo estava indo muito bem, com todo esplendor, as fadas concederam muitos dons para a pequena menina.
Nina lhe deu o dom da virtude, a Bel lhe concedeu a beleza pura, a Bloom lhe deu a inteligência e assim por diante...
Como faltava apenas uma das doze fadas para abençoar a pequena princesinha, apareceu de surpresa aquela que não havia sido convidada.
Sem falar ou olhar para as pessoas, a fada que não foi convidada gritou com uma voz rouca e ameaçadora:
- Quando completares quinze anos espetará o dedo em um espinho e morrerás, e junto com você morrerão todos os moradores do castelo.
Sem falar mais nada ela foi embora e todas as pessoas que estavam na festa ficaram assustadas, mais a última fada que não havia concedido o dom à pequena princesa disse:
- Como não tenho poder suficiente para quebrar o feitiço, vou amenizar esse efeito. A princesa não morrerá apenas cairá desmaiada.
O rei, ainda, com esperança de poder evitar aquele feitiço, mandou que fossem destruídos todos os tipos de espinhos daquela região.
Enquanto isso, a princesa crescia adorável e todos que a viam ficavam encantados.
Certo dia, o rei e a rainha saíram para viajar, a princesa com quinze anos ficou sozinha em casa, então, ela resolveu dar umas voltinhas pelo palácio onde morava. Ao chegar a uma velha torre, subiu as escadas e avistou uma porta que estava com a chave na fechadura, e ao entrar viu um lindo vaso de rosas vermelhas com espinhos e o pegou.
Quando ela pegou uma das rosas foi espetada e, assim, caiu em um desmaio profundo. Com ela todos os moradores do castelo, o rei e a rainha, que estavam chegando de viagem, desmaiaram no meio do salão nobre junto com todos os membros da corte.
Os cavalos desmaiaram no pátio, os cães no jardim e os pombos no telhado.
O vento parou de soprar, as folhas das árvores pararam de cair e em torno da região começou a crescer uma cerca de espinheiros que foi cobrindo tudo.
Muitos anos depois, um príncipe ouviu de seu pai a historia sobre uma monstruosa cerca de espinhos que mantinha presa no castelo uma linda princesa desmaiada. Ele ficou sabendo que outros príncipes tentaram chegar lar mais nunca terminavam seu percurso e acabavam morrendo no meio do espinhal.
Então, o príncipe disse ao seu pai:
- Eu não tenho medo! Quero ver essa bela desmaiada.
O senhor seu pai tentou fazê-lo mudar de ideia, mas não teve jeito, o príncipe insistente foi até lá.
Já se passara alguns anos e o encanto estava chegando ao seu fim e, finalmente, a bela desmaiada poderia despertar.
Quando o príncipe chegou ao castelo, viu que a cerca não era de espinhos e sim de lindas rosas que o deixava passar, mas que se fechava atrás dele como se fosse uma porta.
No pátio os cavalos estavam imóveis, no jardim os cães dormiam despreocupados. No salão nobre estavam o rei e a rainha desmaiados perto do trono, e os demais membros da corte desmaiados por toda parte.
O príncipe avistou uma escada e começou a subir até que chegou a torre e abriu a porta do quarto onde estava a bela desmaiada. A princesa era tão linda que ele não conseguia parar de olhar pra ela e a beijou.
Quando beijada, a bela desmaiada acordou, abriu os olhos e encarou o príncipe com um lindo brilho nos olhos, foi amor à primeira vista.
Assim, após ser despertada de um sono profundo, a princesa se casou com o príncipe.
Houve uma grande festa entre os dois reinos, para celebrarem a união do príncipe com a princesa, que durou três dias, daí por diante o casal viveu... Feliz para sempre.


Davi Francisco Pereira Pontes
Werbeson Sousa Lima




Damy Regina Costa Matos
 Leane da Silva Leandro

A pequena ostra

Muito longe da terra, onde o mar é de um verde muito forte e os anzóis dos barcos não conseguem alcançar o fundo, vivia o povo do mar. O rei do mar era viúvo e morava com suas quatro filhas na casa que ele mesmo havia construído no fundo do mar.
As filhas do rei eram ostrazinhas encantadoras que adoravam ouvir as histórias que a avó contava sobre o outro lado do mar habitado pelos moluscos.
A mais jovem das ostras era a mais curiosa e encantada com a morada dos moluscos, que era um paraíso diferente do delas no fundo do mar.
            - Quando você tiver 15 anos irá ao outro lado e verá o paraíso. Dizia a avó à ostra.
            Para a pequena ostra esse dia parecia nunca chegar. Ela acompanhava os quinze anos de cada uma de suas irmãs, ansiosa para que seu dia chegasse, e escutava atenta ao relato de cada uma delas sobre tudo que viam.
            Eram tantas as novidades, que só aumentava o desejo da pequena ostra de conhecer aquele mundo.
            Os anos se passaram e quando a jovem ostra completou 15 anos, finalmente foi ao outro lado, bem na hora do pôr do sol. Ela ficou maravilhada com o que viu. Viu um lindo molusco no outro lado mar. A pequena ostra se aproximou da areia e viu o molusco sozinho, apenas olhando para o mar.
            Então o molusco olhou para ostra que estava atrás de uma pedra, quando se afastou novamente, ficou encantada com a beleza do molusco.
            A ostrazinha ficou admirando o molusco por um tempão e o viu entra no mar. Então, mergulhou em sua direção. O jovem molusco estava triste pois tinha acabado de brigar com seu pai.
            A pequena ostra vendo o molusco triste aproximou-se dele, então ele contou para ela sua história. Com isso ela tentou consolá-lo.
A pequena ostra voltou para casa levando com ela o belo molusco. Suas irmãs ficaram encantadas e ela acabou contando o que havia acontecido. Uma das amigas da ostra conhecia o molusco e sabia onde ele morava. A jovem ficou feliz e assim foi visitar a família do molusco.
            A ostra queria saber mais sobre o molusco, no caminho perguntou se ele queria voltar para casa, o molusco disse que sim, mas não sabia se o seu pai iria aceitá-lo de volta.         
            - Eu daria tudo para que meu pai mudasse e fosse mais gentil comigo. Disse o molusco.
            A pequena ostra, então falou:
- Eu vou falar com seu pai, ele não deve ser o que você diz.
            A ostra foi falar com o pai do molusco e perguntou:
- Porque o senhor brigou com seu filho? Ele é tão amável e gentil.
            Então, o pai do molusco lhe respondeu:
- Eu não o mandei ir embora, ele saiu porque quis.
            A ostra insistiu:
- O senhor permite que ele volte para casa?
O pai do molusco lhe respondeu:
- Eu amo meu filho, aceito ele todos os dias e a qualquer hora.
A ostra pede ao molusco que entre:
- Venha meu amigo, seu pai lhe quer bem.
            Quando o jovem molusco apareceu, seu pai o abençoou e lhe deu um abraço bem forte.
O pai do molusco queria que ele se casasse com a pequena ostra, então organizou uma viagem para apresentá-la ao restante da família. A pequena ostra acompanhou os familiares dele. Depois de conhecer e jantar com a família do seu futuro esposo ela voltou para sua casa e o apresentou para sua família.
Algum tempo depois os dois se casaram e foram muito felizes, depois eles conseguiram demonstrar o amor que sentiam um pelo outro. E assim, eles viveram eternamente esse amor...



Débora Tais Sampaio Costa
Maalayel da Silva Macêdo

Abaixo da toca do coelho

Maria Alice era uma menina muito levada, que já estava cansada de ficar sentada ao lado de sua irmã Maria Aline, sem ter o que fazer. Sua irmã estava lendo um livro e de vez em quando Maria Alice dava uma olhadinha no livro.
Perto dali, passou um coelho branco com olhos cor-de-rosa correndo e dizendo:
- Oh, puxa! Oh, puxa! Eu devo estar muito atrasado!
O coelho tirou um relógio do bolso do colete, e olhou para ele, apressando-se a seguir, Alice pôs-se em pé e pensou como um relâmpago, que ela nunca vira antes um coelho com colete e muito menos com um relógio. Ardendo de curiosidade, ela correu pelo campo atrás dele, a tempo de vê-lo saltar dentro de uma toca embaixo da cerca.
No mesmo instante, a menina entrou atrás dele, sem pensar como faria para sair dali.
A toca do coelho dava diretamente a um túnel, então, ela aprofundou-se tão repentinamente que não teve um momento sequer para pensar.
Maria Alice tentou olhar para baixo e compreender para onde estava indo, mas estava tudo muito escuro para ver alguma coisa, então, ela olhou para os lados e percebeu que ali era cheio de prateleiras com potes, mapas e quadros pendurados em cabides. Alice apanhou um dos potes que tinha uma etiqueta “GELÉIA DE LARANJA”, mas para sua surpresa estava vazio.
Ao olhar para o lado, observou uma escada:
- Bem, depois de uma queda dessas, não vou sentir nada se eu rolar por essa escada.
E se jogou escada a baixo.
- Eu adoraria saber quantas milhas eu já caí até agora. Devo estar chegando a algum lugar perto do centro da terra. Deixe-me ver, até aqui eu devo ter descido umas 400 milhas.
Disse a menina em voz alta.
- Sim, acho que está correto, mas em que latitude e longitude eu estou?
Logo ela começou novamente:
- Será que eu posso sair através da terra? Como seria engraçado surgir entre as pessoas através da terra.
A menina Alice começou a ficar sonolenta e continuou a perguntar para si:
- Gatos comem morcegos? Morcegos comem gatos?
Como vocês podem ver, ela não conseguia responder nenhuma das questões. Portanto, não importava de que maneira as perguntava.
Alice estava cochilando e começou a sonhar que caminhava de mãos dadas com Dinah, sua gatinha de estimação, e falava com ela bem seriamente:
Dinah, diga-me a verdade, você já comeu um morcego?
Quando subitamente, thump! thump! Caiu sobre uma pilha de gravetos e folhas secas.
Alice não estava nem um pouco machucada e pôde saltar sobre os pés num instante. Olhou para cima, mas estava tudo escuro sobre sua cabeça, diante dela havia outro grande túnel e o coelho branco, ainda, estava apressado.
Não havia nenhum momento a perder. E lá se foi Alice como o vento atrás do coelho.
- Oh, está ficando tarde! Continuou o coelho.
Alice estava bem atrás dele quando dobrou a esquina, ainda, era possível avistá-lo. A menina encontrou-se, então, em um comprido e baixo aposento, que era iluminado por uma fileira de lâmpadas penduradas no teto. Havia portas em todo o aposento, mas estavam todas trancadas, e depois que Alice percorreu uma a uma, tentando abrir uma das portas sem sucesso, ela voltou tristemente para o centro do quarto, pensando como iria fazer para sair daquele lugar.
De repente, encontrou uma pequena mesa de um pé só, toda feita em vidro sólido, havia sobre ela uma minúscula chave dourada. Alice pensou que poderia abrir uma das portas da sala, tentou abrir-las, entretanto, não conseguiu.
Depois das tentativas de abrir as portas em vão, Alice encontrou uma cortina que não havia percebido antes, e atrás dela existia uma pequena porta de aproximadamente 40 centímetros, então, a menina colocou a pequena chave dourada na fechadura e, para sua surpresa, ela encaixou.
Alice abriu a porta e viu que dava para uma pequena passagem. Ela ajoelhou-se e avistou o mais adorável jardim, que jamais vira antes. Naquele momento ela desejou:
- Como eu queria poder encolher. Se pelo menos soubesse como começar.
Não restou outra alternativa, a não ser esperar. A menina logo pensou:
- Não faz sentido eu ficar esperando ao lado dessa porta.
Alice voltou em direção à mesa, com esperança de poder encontrar outra chave sobre ela ou, quem sabe, um livro de regras para ensinar as pessoas a encolherem como telescópios. Desta vez ela encontrou uma pequena garrafa com uma etiqueta dizendo “BEBA-ME”.
Antes de bebê, Alice leu primeiro o que estava escrito no rótulo da garrafa e disse:
- Agora posso bebê, pois a fórmula diz que este líquido serve para encolher as pessoas.
Alice aventurou-se a experimentá-lo.
- Que sensação estranha. Eu devo estar encolhendo. Disse Alice.
De fato, ela estava encolhendo. Ficou com apenas 25 centímetros de altura. Seu rosto resplandeceu ao pensar que aquele era o tamanho exato para atravessar a portinha em direção ao jardim. Então, ela decide sair e ao chegar perto da porta, lembra-se que esqueceu a chave dourada, e, quando voltou até a mesa percebeu que não era possível pegá-la.
Alice tentou ao máximo escalar a perna da mesa, mas esta era muito escorregadia, então, ela desistiu, sentou-se e começou a chorar.
Logo, olhou para o lado e viu uma pequena caixa de vidro, foi até lá e a abriu. La estava um pequeno bolo com uma frase “COMA-ME”. Ela pensou:
- Bem, eu vou comê-lo. Se isso me fizer crescer eu posso pegar a chave, se ele me tornar muito pequena eu passo por baixo da porta. Então, de qualquer maneira eu vou para o jardim e não me importa o que irá acontecer.
Alice comeu um pedacinho do bolo e disse ansiosa:
- E agora, e agora?
Ao colocar a mão na cabeça para sentir se estava crescendo, ela fica surpresa ao perceber que permanecera do mesmo tamanho. Como ela não estava crescendo logo tratou de comer o restante do bolo.
Alguns segundos depois, ela diz admirada:
- Agora eu estou esticando, adeus meus pezinhos!
Nesse mesmo instante a cabeça da menina bateu contra o teto da sala, ela estava com mais de dois metros e meio de altura. Alice finalmente apanhou a pequena chave dourada e apressou-se em direção à porta do jardim.
Chegando lá, a única coisa que ela podia fazer era deitar-se de lado para olhar o jardim com um dos olhos, pois, ir até lá estava mais difícil do que nunca. A solução que ela encontrou foi sentar-se, novamente, e começar a chorar.
Depois de um tempo ela ouviu pisadinhas ao longe e rapidamente secou os olhos para ver quem vinha vindo. Era o coelho branco voltando, muito bem vestido, com um par de luvas brancas em uma mão e um grande leque na outra. Ele vinha trotando com muita pressa e resmungando:
- Oh! Ela vai me matar se eu a fizer esperar!
Maria Alice sentia-se tão desesperada que estava pronta para pedir ajuda a qualquer um, então, quando o coelho chegou perto dela, a menina começou com uma voz baixa, tímida:
- Por favor, senhor!
O Coelho parou violentamente, derrubando as luvas brancas e o leque, e disparou em direção à escuridão tão rápido quanto pôde. Alice apanhou o leque e as luvas, e, como a sala estava muito quente, começou a abanar-se enquanto falava:
Puxa! Puxa! Tudo está tão estranho hoje! O que será que mudou à noite?
Enquanto dizia isso, Alice olhou para baixo em direção a suas mãos, e ficou surpresa ao notar que tinha vestido uma das luvas do coelho enquanto falava.
- Como consegui fazer isso? Pensou a moça. E continuou:
- Eu devo estar encolhendo novamente.
Ela levantou-se e foi em direção à mesa para medir-se em comparação a ela e descobriu que, pelas suas contas, estava agora com mais ou menos sessenta centímetros de altura e continuava a encolher rapidamente.
Algum tempo depois, Alice descobriu que a causa daquilo era o leque que segurava, e jogou-o fora impetuosamente, exatamente a tempo de salvar-se de encolher inteiramente.
- Escapei por um triz! Disse Alice bastante assustada com a súbita mudança, mas muito feliz por ainda existir.
Enquanto dizia essas palavras seu pé escorregou e, num instante, splash! Ela estava até o queixo na água salgada. Sua primeira ideia foi que teria caído no mar. Mas logo percebeu que estava no lago de lágrimas que derramara quando estava com dois metros e meio de altura.
- Eu não deveria ter chorado tanto. Falou Alice, enquanto nadava tentando encontrar a saída.
Demorou, mas Maria Alice conseguiu sair daquele lugar por um túnel que dava para o mar.
Alice encontrou vários animais durante sua saída, eles estavam fugindo de outros tipos animais.
Depois que a pobre menina conseguiu encontrar o caminho de sua casa, descobriu que tudo aquilo não passava de um “sonho” ruim. Ela acordou chacoalhada por sua irmã, Maria Aline.


Camila Lima de Souza
Ingrid Paula Souza
      
Alfazel

Era uma vez um casal que em breve teria um bebê. Sua casa tinha uma janela que dava para uma horta cercada por um muro bem alto. Ninguém ousava entrar ali, pois, a horta pertencia a uma velha bruxa com muitos poderes.
Um dia, a mulher sentiu uma vontade louca de comer alface, uma hortaliça que crescia naquela horta.
- Se eu não puder comer àquela alface sei que vou morrer! Comentou a mulher com o marido.
O homem, que amava muito sua mulher, começou a pensar numa maneira de conseguir pegar alguns pés daquela alface. Quando anoiteceu, ele pulou o muro, colheu alguns pés de alface e correu para casa.
Ao chegar, em casa, deu a hortaliça para sua esposa comer. Depois de comê-las, sua vontade pelo alimento proibido aumentou, ainda, mais. Para satisfazê-la o homem voltou à horta, mas desta vez a bruxa estava lá. E lhe questiona:
- Como o senhor ousa roubar minhas alfaces?
Aí, ele lhe pede:
- A senhora me deixa pegar alguns pés de alface? Minha mulher está grávida e precisa comê-los.
A bruxa lhe diz:
- Pegue o quanto quiser, mas eu ficarei com a criança que nascerá.
Sem saber o que fazer o homem aceitou.
Quando o bebê nasceu a bruxa o pegou e a batizou de Alfazel.
Alfazel era uma menina linda. Quando ela cresceu a bruxa a aprisionou em uma torre no meio do pântano.
Toda vez que ela ia visitá-la parava junto à torre e gritava:
- Alfazel! Alfazel! Jogue seus cabelos!
Alfazel tinha cabelos escuros como fios de náilon, sempre que ouvia a voz da bruxa jogava suas tranças e a bruxa subia.
Um dia, um príncipe caçava pelo pântano quando ouviu uma voz horrível cantando. Era a voz de Alfazel, o príncipe queria ver de quem era àquela voz tão feia, mas não sabia como entrar na torre, então, foi embora.
No outro dia, à tarde, o príncipe foi até o pântano e ouviu outra vez àquela voz horrível. Lá estava a bruxa gritando:
- Alfazel! Alfazel! Jogue seus cabelos!
Ele ficou escondido e viu a estratégia da velha para subir até a torre.
- Então é assim que funciona! Disse o príncipe a si mesmo.
No dia seguinte, o príncipe fez a mesma coisa:
- Alfazel! Alfazel! Jogue seus cabelos!
Alfazel jogou suas tranças e ele subiu.
Assim que, o príncipe, entrou perguntou:
- Por que cantas tão feio, e porque moras nesta torre?
- Pare de fazer perguntas e procure um jeito de sairmos daqui! Disse Alfazel ao príncipe.
Então o príncipe pegou os lençóis da cama de Alfazel fez uma escada de nós e os dois desceram, ao montarem no cavalo a bruxa apareceu. E lhes disse:
- Ah! Você me traiu Alfazel.
- A senhora foi quem me traiu, ao me prender naquela torre. Disse Alfazel.
- Qual o motivo de tamanha crueldade? Perguntou o príncipe.
- Cala a boca. Disse as duas.
A discussão não se prolongou. O príncipe saiu com Alfazel e ao darem as costas à bruxa ela jogou piolhos enfeitiçados na moça. Dizendo que eles só sairiam do seu cabelo se ela os cortar-se.
Eles conseguiram fugir.
Ao chegar ao castelo do príncipe Alfazel foi imediatamente cortar seus cabelos. Enquanto isso, o príncipe saiu à procura dos verdadeiros pais de Alfazel e ao encontrá-los os levaram para o castelo.
Dias depois, correu a notícia de que a bruxa caiu em um poço e que havia morrido. Então, Alfazel, o príncipe e sua família tiveram uma vida normal. Mas, sempre com a sensação de que a bruxa poderia voltar a qualquer momento...                               

 
Geingridi Soares dos Santos


Eva era uma patricinha de cabelos ruivos e de pele bem clara, ela era muito metida, morava com sua madrasta, uma mulher super bonita e legal, ela se chamava Isabelle e tinha um celular mágico, que usava para escrever todos os dias: celular, celular do meu coração, me ajude a conquistar Eva, se você me ajudar vou lhe agradecer de montão!
Alguns dias depois Isabelle escreveu a mesma coisa no celular e dessa vez ela recebeu uma importantíssima ligação. O celular falou:
- Isabelle somente um amor, puro e verdadeiro, pode mudar o coração de Eva.
Isabelle muito feliz chamou um conselheiro amoroso e pediu para ele arrumar um encontro para Eva no Shopping. Eva era rebelde e não gostava da madrasta e ao saber do encontro que planejara para ela resolve fugir. Pegou seu carro e saiu em disparada, até encontrar uma casa bem velha. Chegando lá não tinha ninguém, entrou e foi se aconchegando. Mais tarde quando os donos da casa chegaram estranharam a presença daquela mulher ali, pois eles não a conheciam. Eva estava deitada na cama de bem, um dos rapazes da casa, ao vê-la num sono tão profundo decidiram não acordá-la.
No outro dia, Eva acordou reclamando, mas ao perceber que havia dormido num local desconhecido ficou assustada, até a chegada de um belo rapaz mau vestido, mas muito bonito. Eva apaixonou-se, como sempre muito metida destratou todos da casa, apesar de estar lá morando de favor.
Passados alguns dias, Isabelle descobriu onde Eva estava e resolveu ir até lá para buscá-la. Chegando nessa casa, Isabelle diz para Eva:
- Você voltará para casa comigo.
Isabelle sai se despedindo de todos e Eva nem deu tchau.
Eva estava diferente, parecia triste e angustiada.
Isabelle percebeu que estava acontecendo algo de estranho com sua enteada, então, resolve procurá-la em seu quarto. Chegando lá se deparou com Eva passando mal.
Eva confessa à sua madrasta que se apaixonou por Ben, com isso ela decide voltar à casa da família que havia a acolhido para conversar com o rapaz. Ao chegar à casa do pobre rapaz ela lhe perguntou:
- O que você sente por Eva?
Ele, calmamente, lhe reponde:
- Gosto dela, mas tenho medo que ela fique sabendo.
Disse o rapaz nervoso.
Após ouvir àquela declaração, Isabelle pede à Eva que se declare à Ben, pois ele a ama também. Ela se recusa a fazer tal declaração, então, Isabelle a pergunta:
- O que você sente de verdade pelo Ben?
- Eu o amo, ele me fez mudar com seu jeito simples e delicado.
Sem saber que a conversa estava sendo gravada Eva abre seu coração e a boa senhora pede a Ben que ouça a declaração de amor que Eva lhe fez.
No outro dia, Ben vai até a casa de Eva e ao entrar em sua casa Eva lhe pergunta:
- Ben, o que você está fazendo aqui?
- Vim lhe pedi em casamento, pois estou pronto para lhe amar o resto de minha vida.
Após isso, os dois se beijaram... Ficaram noivos... Casaram-se e foram felizes durante muito tempo.



Fernando Bispo de Souza
 Carlos Henrique Silva Moraes

Ao lado do Dim

Há muitos anos, vivia em Marabá um velho alfaiate. Ele tinha um filho chamado Dim. Muitas vezes o pobre homem tentou ensinar a profissão para o filho, mas ele não se interessava por nada. Um dia, o alfaiate morreu e seu filho ficou muito triste, jurou que iria mudar de vida e cuidar de sua mãe Maristela. Passado algum tempo, apareceu na cidade um homem perguntando pelo pai de Dim.
Quando o jovem disse que seu pai havia morrido, o homem falou:
- Que infelicidade! Não pude ver meu irmão pela ultima vez! Leve-me até sua mãe.
Chegando em casa, Dim e sua mãe ouviram surpresos a história do visitante:
- Meu nome é Murilo, sou o irmão distante que vivia viajando pelo mundo.
E tirando de seu bolso um saco de moedas, entregou para Maristela dizendo:
- Aqui está uma pequena ajuda.
Murilo virou-se para Dim e falou:
- E você, meu sobrinho venha comigo. Farei de você um grande comerciante.
E com a permissão de sua mãe, Dim partiu. Ele e o seu tio viajaram durante dias, até chegarem a uma pequena cidade chamada Jacundá. Lá os dois descansaram se alimentaram e seguiram em viagem.
Uma semana depois, Dim e Murilo caíram em um buraco, que parecia não ter fim.
Ao chegarem ao fim do buraco observaram que ali havia uma prataria velha. Dim olhou para um dos lados e viu um bule velho, foi até lá e o pegou.
Quando o tio de Dim viu que ele estava com o bule na mão lhe pediu, em um tom estranho:
- Vamos Dim, me entregue este bule. Vamos obedeça-me!!!
O rapaz não entendeu o que estava acontecendo, mesmo assim, obedeceu e entregou o objeto a seu tio.
Murilo sabia que àquele bule era mágico. Por isso, não quis que seu sobrinho ficasse com ele, pois ele era muito ambicioso e queria ser muito rico.
Dim ficou curioso para saber por que seu tio o tratou daquele jeito. À noite quando o homem adormeceu o menino pegou o bule e o esfregou sem querer e logo apareceu um gênio que lhe disse:
- Eu sou o gênio do bule, ordene mestre que tudo farei.
Dim muito surpreso e assustado pediu:
- Deixe-me ir para casa.
O gênio cruzou os braços e lhe respondeu:
- Que assim seja!
Na mesma hora o garoto foi transportado e apareceu em casa. O jovem contou toda a história para sua mãe e esfregando o bule, mostrou-lhe o gênio.
A partir daquele dia, a vida do Dim e a da dona Maristela mudou. Eles passaram a morarem em um lindo palácio, vestirem belas roupas e a terem muitos criados.
Muito tempo depois, o rapaz estava passeando perto do palácio real, viu a filha do imperador Manamé, a bela Ariadne e apaixonou-se por ela. Esfregou o bule, novamente, e pediu ao gênio:
- Quero ir até o palácio do imperador pedi-lhe a mão da princesa Ariadne em casamento, por isso faça-me poderoso e rico como um príncipe!
O gênio cruzou os braços e disse:
- Assim seja!
Dim enviou para os jardins do palácio real uma caravana de criados. Levando graciosas dançarinas, lindos tesouros, belos animais e soldados marchando com suas espadas levantadas. E voando em um esplêndido espelho mágico Dim chega ao palácio e pede a mão da bela moça em casamento.
O imperador aceitou o pedido do rapaz e dias depois ele e Ariadne casaram-se.
O homem que enganou o Dim não era seu tio, na verdade ele era um grande comerciante que conhecia os poderes do bule. Quando soube que o rapaz havia viajado disfarçou-se de vendedor de panelas e convenceu a princesa a trocar o bule por outro novo.
Com o bule, o homem aprisionou a princesa e tomou o palácio. Quando, Dim voltou de sua viagem foi apanhado pelos guardas. Diante do falso tio viu sua esposa como prisioneira. Rápido como um raio, Dim pulou sobre o homem pegou seu bule e o esfregou ordenando ao gênio que levasse aquele homem para bem longe.
E assim, a jovem Ariadne ficou do lado do Dim e os dois foram felizes por muitos e muitos anos.


                                                                                                                         
Numa certa cidade chamada Marabá morava um garotinho que se chamava Pedro. Seu aniversário estava próximo de chegar. Ele sonhava em ganhar alguns soldadinhos de chumbo para colocá-los em fileiras igual fazem nos quartéis. Ele pediu aos “céus” que lhe desse, pelo menos, um.
Seu pedido foi realizado. Seu padrinho comprou alguns soldadinhos de chumbo e lhe deu no dia do seu aniversário, ele ficou muito contente. Nesse dia, ao ganhar o presente pegou a caixa e saiu correndo para o seu quarto e se trancou. Abriu a caixa e pegou os soldadinhos de chumbo, quando percebeu que um deles estava sem uma das pernas, que era perneta, ficou muito triste por causa do soldinho e disse:
- Que pena! Você é um soldado tão bonito.
Os soldinhos eram todos bonitos com suas fardas e com seus fuzis brilhantes no ombro e ele era perneta.
Pedro tinha muitos brinquedos. Tinha um palhaço que dava piruetas numa barra, uma bailarina, um urso com olhos gigantes, uma locomotiva e uma caixa surpresa. Mas, agora, preferia brincar com os seus soldadinhos de chumbo, sempre brincava de guerra.
Certo dia um inimigo de Pedro passou perto da janela de seu quarto e viu aquele soldadinho de chumbo sem uma perna e resolveu pegá-lo. Quando Pedro foi brincar com seus soldadinhos de chumbo, percebeu que faltava um, o perneta, saiu para procurá-lo e não achou. Ele e a bailarina ficaram muito tristes com o desaparecimento do soldadinho, pois gostavam muito dele. A bailarina foi quem mais sentiu sua falta, pois ele a olhava de um jeito apaixonante.
O menino que havia pegado o soldadinho de Pedro o jogou no mar. Ali, por perto tinha um pescador que presenciou toda àquela cena resolveu pegar o brinquedo.
Ao chegar em casa o pescador deu o soldadinho para o seu filho que era amigo de Pedro.
No outro dia, na escola, o amigo de Pedro mostrou seu mais novo brinquedo a ele, Pedro percebeu que aquele soldadinho perneta era o seu, explicou o ocorrido a seu amigo e ele entendeu e devolveu o soldadinho para o seu verdadeiro dono.
Pedro levou o soldadinho de volta para o seu quarto e os demais brinquedos ficaram muito felizes em revê-lo novamente, em especial a bailarina.
No mesmo dia, quando o relógio bateu meia-noite os brinquedos fizeram a maior festa, e o mais incrível foi que o soldadinho encontrou sua perna dentro da caixa surpresa, aí sua alegria aumentou. A bailarina estava contente e o soldinho lhe contou às aventuras que havia passado naquelas últimas horas e os dois se abraçaram bem forte.
Logo em seguida, o soldadinho de chumbo pediu a mão da bailarina em casamento e ela aceitou.
Eles se casaram em uma cerimônia bem simples e estavam muito felizes. O Pedro era quem estava mais feliz, pois seu soldadinho de chumbo voltara a andar com as duas pernas.

Bruna Ribeiro Alves Muniz
Ester de Souza Santana


Era uma vez três ursos, Papão Urso, Mamona Ursa e Bebezinho Urso. Eles tomavam mingau. A porção de mingau do Papão Urso era enorme, da Mamona Ursa era média, e a do Bebezinho Urso era bem menor.
Mamona Ursa deu para cada um suas porções quentes. Como o mingau estava quente, eles resolveram sair para passear enquanto o mingau esfriava.
Cachinhos Negros chegou e observou que ali na casa não tinha ninguém, então entrou. Vendo as porções de mingau, provou a porção do Papão Urso, mas estava muito quente. Então provou a porção da Mamona Ursa, que estava muito fria. Depois, ela partiu para a porção do Bebezinho Urso e murmurou:
- Hum! Este está uma delícia.
Acabou comendo tudo.
Cachinhos Negros sentou-se na cadeira do Papão Urso, só que não gostou, pois a cadeira estava “mole” e ela tinha medo de cair, por isso, logo passou para a cadeira da Mamona Ursa, mas esta era muito dura e larga, então se jogou na cadeira do Bebezinho Urso, que se quebrou toda.
Após esse episódio, bateu-lhe um sono e Cachinhos Negros foi procurar um lugar para descansar. Achou à cama do Papão Urso, esta era muito alta e ela não conseguiu deitar-se, então, foi para a cama da Mamona Ursa e achou-a muito macia, olhou para a cama do Bebezinho Urso e dela se agradou, gostou tanto da cama dele que ali mesmo dormiu de forma bem aconchegante.
Após passar algumas horas, os três ursos voltaram para casa com muita fome.
Ao abrir a porta, o Papão Urso exclamou:
- Uai!!! Alguém comeu do meu mingau!
- Do meu também! Falou a Mamona Ursa.
- Também mexeram no meu. Replicou o Bebezinho Urso, e completou:
- E comeram tudo! Tudo mesmo!!!
Os três ursos viram que estava tudo bagunçado.
- Alguém mexeu na minha cadeira! Exclamou o Papão Urso.
- Alguém, também, sentou na minha cadeira! Reparou a Mamona Ursa.
- Alguém além de sentar na minha cadeira a quebrou toda. Disse o Bebezinho Urso.
Quando o Papão Urso e a Mamona Ursa entraram no quarto foram logo olhando e repetindo:
- Deitaram na nossa cama!!!  - Deitaram na nossa cama!!! 
O Bebezinho Urso olhou e correu para perto de sua cama e gritou:
- Deitaram na minha também. Corram que tem uma menina deitada aqui, ela está dormindo.
De repente Cachinhos Negros se despertou e viu os três ursos à sua frente, ficou assustada e saiu gritando de dentro da casa:
- Socooorro... Socooorro... Socooorro...
Nunca mais Cachinhos Negros entrou na casa das pessoas sem avisar e sem pedir licença...


Brenda Rodrigues Prazeres
Carla Sabrina da Costa Lira


Chapeuzinho estava a brincar em frente à sua casa quando sua mãe, Esmeralda, lhe chama:
- Chapeuzinho! Chapeuzinho! Chapeuzinho!
- Estou aqui mamãezinha. Responde a menina ao chegar perto de sua mãe.
- Vamos ao zoológico ver os animais. Hoje é a inauguração e não podemos faltar. Disse dona Esmeralda à filha.
- Vou correndo tomar banho mamãe me espere não vou demorar. Responde Chapeuzinho feliz da vida.
A garota estava demorando e para apressar-la sua mãe fala seriamente:
- Ande logo minha filha, você estar demorando muito, à hora estar passando e o zoológico irá fechar.
Muito feliz e de bem com a vida chapeuzinho resolveu se apressar, pois estava ansiosa e não via à hora de chegar ao zoológico para ver os animais.
Ao chegar ao zoológico, ficou encantada, pois nunca tinha visto nada assim, tão bonito, tão grande e tão assustador.
Como chapeuzinho era muito curiosa queria conhecer todo o lugar, então falou para sua mãe:
- Irei comprar amendoins e alimentarei os elefantes.
Sua mãe lhe respondeu:
- Não demore minha filha, pois têm lobos a solta por aí comendo as criancinhas.
- Está bom, mamãezinha! Seguirei o seu conselho.
Quando a menina estava à procura dos amendoins andando pelo zoológico ouviu, não se sabe de onde, uma voz misteriosa em meio à brisa cheirosa:
- Hein menina!
- Menina venha Cá!
- Uai! Quem estar aí? Quem é você? Não estou lhe vendo, quem é você? Onde você está?
Aquela era a voz do lobo, que avistou Chapeuzinho e queria sua ajuda. Um lobo, bonzinho, maltratado e com muito medo, ele estava escondido num espinheiro, ali por perto.
- Não se assuste, tenha calma! Só quero que você me ajude a sair daqui. Não vou lhe machucar, quero apenas ajuda, pois, estou sendo maltratado e não dar mais para aguentar. Falou o lobo quase sem voz.
- Então apareça lobozinho não vou lhe machucar, sou apenas uma menina indefesa querendo lhe ajudar. Fala Chapeuzinho para convencer o lobo aparecer logo.
O lobo não pensou duas vezes, viu nos olhos da criança que ela estava sendo verdadeira, então saiu de onde estava escondido.
Chapeuzinho então perguntou:
- Por que andas tão triste?
E o lobo lhe respondeu:
- Estou sendo muito maltratado, eles me batem e não me alimentam direito, fugir e sei que quando eles me encontrarem vão querer me matar, por isso preciso de ajuda.
- Não lobozinho, isso não irá acontecer, farei de tudo para lhe salvar, fique aí escondido, falarei com a minha mãe, então voltaremos para salvá-lo, não fique assustado, pois deixarás de ser maltratado. Disse a boa menina calmamente.
Sua mãe já estava preocupada, pois a noite já vinha e chapeuzinho não chegava.
Esmeralda avistou a menina de longe e já iria lhe dar uma tremenda bronca, quando sua filha chega, muito eufórica, falando:
- Mãe, mãezinha a senhora terá que salvar “uma pessoa” que está sendo maltratada.
Sua mãe preocupada pergunta:
- Minha filha quem é essa pessoa?
- Mamãe é um lobo muito bonzinho que está sendo maltratado.
- Minha filha então não é uma pessoa é um animal.
- Mamãe nós teremos que salvar-lo de qualquer jeito, ele tem vida.
A mãe vendo a filha muito preocupada quis ajudá-la, então, chamou os caçadores que cuidavam dos animais e foram à procura do lobo, e, quando o encontraram denunciaram o zoológico por maus tratos aos animais.
Levaram o lobo e todos os animais para um lugar onde eles seriam muito bem alimentados e tratados.
E Lá se foi Chapeuzinho, dona Esmeralda e os caçadores contentes, cantando pelo caminho:
- Para a roça agora iremos bem contente...
         

Amanda Kelly Lemos de Souza
Rafaela de Sousa Santos


Era uma vez um homem muito rico que se chamava Arthur, ele era separado há muito tempo, tinha apenas uma bela filha que se chamava Cindelena, apesar dela ser linda tinha um coração amargo e impiedoso.
Certo dia seu pai conheceu uma bela mulher e resolveu casar-se novamente, sua esposa tinha duas filhas amorosas e gentis e com o passar do tempo Cindelena começou a humilhar e a maltratar as meninas. Ela sempre perguntava ao seu pai:
- Papai essas meninas vão ficar aqui conosco até quando?
Seu pai sempre lhe respondia a mesma coisa:
- Elas ficarão aqui para sempre, pois agora, elas são suas irmãs.
Então, ela resolveu aceitá-las do seu jeito, trocou os belos vestidos das meninas por roupas rasgadas. As obrigavam a trabalharem dia e noite e as deixavam dormirem no chão.
Certo dia, o pai de Cindelena teve que viajar e perguntou às suas filhas:
- O que vocês querem ganhar de presente do papai?
- Queremos vestidos e joias. Disseram as enteadas.
- E você Cindelena? Perguntou seu pai.
- Também quero vestidos e joias. Respondeu Cindelena.
Durante a viagem, Arthur vê um pé de roseira em uma praça e colhe um ramo, o mais belo de todos.
Ao chegar, em casa, deu os presentes às suas enteadas.
 E Cindelena foi logo perguntando:
- E o meu papai? Cadê?
Arthur lhe disse:
- Calma minha filha, o seu é o mais belo de todos e o mais especial.
O pai lhe entrega o ramo de rosas e ela começa a chorar.
Depois daquele gesto, a menina começou a mudar seu jeito de ser e passou a ter boas atitudes.
Cindelena levou a rosa ao túmulo de sua mãe e começou a chorar, pois não sabia que sua mãe estava viva. Após isso, voltou para sua casa e foi uma boa filha e irmã.
Alguns anos depois o rei Bell, vizinho da moça, convidou Cindelena, seu pai, sua madrasta e suas irmãs Khabrine e Karoll para uma grande festa que iria acontecer na boate Vergas Music, com o objetivo de encontrar uma noiva para o seu filho Rogger. A Khabrine e a Karol aproveitaram que Cindelena vivia triste e desanimada para pegarem seus vestidos e joias para se vingarem dela. Mentiram para seu pai dizendo:
- Papai a Cindelena nos obrigou a arrumar a casa inteirinha enquanto descansava. Não a deixe ir para a festa de casamento do Rogger.
Então, Arthur ordena:
- Cindelena você não irá para a festa.
Ela obedeceu à ordem do seu pai chorando. Aproveitou para ir chorar no túmulo de sua mãe. De repente, uma mão toca em seu ombro e uma linda mulher fala:
- Minha filha, não chore.
- Mamãe! A senhora estar viva? Pergunta a pobre moça.
- Sim, estou minha filha e vim para lhe ajudar. Responde sua mãe.
A mãe de Cindelena lhe deu várias joias e lindos vestidos e a levou à festa.
Ao chegar à festa Cindelena surpreende a todos, por sua beleza radiante e, principalmente, por sua humildade. Todos se encantam por ela. Porém, o príncipe é o que mais se encanta. Ele dançou a noite quase toda com a bela Cindelena, e ao chegar o amanhecer ela consegue sair da festa sem que ninguém a perceba indo embora. E, ao sair correndo a escadaria da boate deixa seu sapatinho preso em um dos degraus.
Quando o príncipe percebeu que ela não estava mais ali saiu a sua procura, mas não a encontrou. Observou que ela havia deixado seu sapatinho e o guardou.
O príncipe estava apaixonado pela bela moça, e, como ele não sabia nada sobre ela, jurou ao seu pai que iria se casar com a dona do sapatinho. O rei orgulhoso com a decisão de seu filho ordenou que seus súditos procurassem por toda a cidade a dona do sapatinho.
No terceiro dia de busca, os vassalos chegaram à casa de Cindelena. Khabrine e Karoll animaram-se com a ideia de uma delas ser a nova princesa e calçaram o sapatinho, mas infelizmente não coube nelas, de repente Cindelena desce as escadas e o príncipe olha para ela e fala:
- É ela, a minha escolhida.
- Não, não pode ser ela, ela não foi à festa. Disse Khabrine com muita raiva daquela situação.
- Sou eu sim, vou colocar o sapatinho e provar que eu sou a escolhida do Rogger. Fala a moça com certo tom irônico.
Cindelena calça o sapato e o príncipe fica feliz em saber que reencontrou a sua bela amada.
Khabrine e Karol ficaram com inveja e muita raiva da sorte que teve Cindelena.
Dias depois, o casal se casou em uma cerimônia simples e bem animada, Cindelena surpreendeu a todos quando chamou a sua mãe para ficar no altar.
O casamento foi lindo, eles tiveram um filho e foram felizes até que a morte os separou.


Grazielly Alves de Menezes de Alencar
 Thalyta Silva Oliveira


            Era uma vez um maldoso caipira, muito feio e careca, que vivia com sua mãe numa roça muito distante.
Um dia o caipira que tinha medo de sapo, decidiu matar todos os sapos que havia no córrego que passava em frente à sua casa.
Desastrado como ele era deixou sem querer seu chapéu cair no córrego, por sorte uma sapa pegou o chapéu e disse:
- Não tenha medo de mim, vou devolvê-lo pra você, mas com uma condição, que você me dê em troca um beijo. Pode fazer isso? Perguntou ao sapo.
- Claro! Respondeu ele.
- Então, eu aceito! Disse ela.
Então, a sapa apanhou o chapéu e devolveu ao caipira e ficou esperando o beijo. Mas o caipira pegou o chapéu e saiu correndo para a sua casa.
A sapa gritou:
- Seu desgraçado, filho de uma mãe! Você deve cumprir o que prometeu.
            A sapa passou a perseguir o caipira em todo lugar. Quando ia comer, lá estava a sapa pedindo a sua comida. A mãe vendo o filho emagrecer, sem medo de nada pegou a sapa e ia jogá-la de volta ao córrego, ao pegar a sapa ela disse:
- Eu não vou sair daqui enquanto aquele safado do seu filho não me pagar o que prometeu.
- Mas o que foi que ele lhe prometeu? Perguntou a mãe.
- Ele prometeu que me daria um beijo, se eu devolvesse o chapéu dele que encontrei no córrego e eu devolvi e quando ele já estava de posse do chapéu saiu correndo e não pagou o que devia, mas hoje ele me paga!
            Ouvindo aquilo, a mãe puxou o filho pelas orelhas e disse:
- Você vai ter que pagar a sua promessa.
            O caipira medroso como era, começou a chorar, mas deu o beijo na sapa.
            Diante dos olhos dele a sapa se transformou em uma bela moça e ela contou que uma bruxa havia a transformado em uma sapa e somente o beijo de um homem acabaria com o encanto.
            Assim, ela se apaixonou por ele, mas por desencanto do destino ele era apaixonado por outra moça, mas a moça pela qual ele era apaixonado não gostava dele, pois, ele era feio, careca e medroso.  E assim viveram os dois de coração partido.


Eloiza Cristina Crispin Souza
Renata Pinheiro silva


Era uma vez um moleiro muito pobre, a única coisa que ele tinha era seus filhos e um pato. Pato este, que ele ganhou de um amigo muito especial que já havia falecido.
Certo dia, quando o filho mais novo do moleiro chegou em casa deparou-se com seu pai chorando, porque não havia mais nada para comer em casa, daí o menino angustiado com a tristeza do pai saiu de casa na tentativa de encontrar um emprego, mas não conseguiu, pois as pessoas não queriam um menino para trabalhar.
Ao voltar para casa o menino encontrou o pato de seu pai, na sala de jantar, então, o pato olhou para ele e disse:
- Não se preocupe meu amo, vou ajudar você e seu pai. A única coisa que você deve fazer é me arranjar um par de botas e um saco, então, verão que o amigo de seu pai não lhes deixou simplesmente um pato.
Embora o menino não acreditasse em tudo aquilo que estava vendo e ouvindo, pois tudo lhe parecia meio confuso, resolveu dar uma oportunidade e fazer o que o pato lhe pediu.
O pato calçou a bota e saiu todo animado pela estrada a fora. No meio do caminho encontrou o Rei e sua filha em uma carruagem e imediatamente pensou em casar o filho do moleiro com a filha do Rei.
O pato ficou sabendo que a princesa iria se casar com um príncipe de outro povoado, então, resolveu voltar e contar a sua ideia para o filho do moleiro, o garoto não gostou nada dessa ideia, sem outra opção concordou.
Esperto como o pato era colocou um saco nas costas e saiu à procura de um coelho para levá-lo ao Rei com o objetivo de agradá-lo.
Depois de capturar o coelho o pato foi até o reino. Chegando lá pediu para falar com o Rei e lhe entregou o coelho dizendo que era presente do marquês de Capataz. Este nome foi inventado por seu amo.
Recebendo o presente, o Rei lhe pediu:
- Agradeça seu amo pelo presente.
O Rei ficou curioso para conhecer o marquês de Capataz e foi procurá-lo em sua carruagem.
Quando o pato de botas viu o Rei à procura do marquês foi correndo chamá-lo, no caminho ao encontrar com alguns camponeses, lavrando a terra, falou:
- Minha gente, se vocês disserem ao Rei que essa terra que estão lavrando pertence ao marquês de Capataz vocês serão bem recompensados.
Quando o Rei perguntou de quem era àquelas terras, todos responderam que pertenciam ao marquês de Capataz.
O pato, que sempre ia à frente do Rei, encontrou um lindo castelo do Ogro Mágico. E ao vê-lo pergunta:
- É verdade que o senhor tem o poder de se transformar em qualquer animal?
- Sim, é verdade. - E para lhe provar vou me transformar em um elefante. E se transformou.
O pato volta a perguntar:
- Também é verdade que o senhor consegue se transformar no menor animal?
- Sim. O Ogro volta a lhe responder.
- Acho impossível. Retruca o gato.
O Ogro ficou chateado e se transformou em uma lebre. Com isso, o pato saiu correndo para ir buscar seu amo. Chegando lá, ele deu um jeito de vesti-lo com sua melhor roupa, logo o pato escutou a carruagem passando sobre a ponte e correu para receber o Rei, dizendo que aquele castelo pertencia ao marquês de Capataz.
O Rei pediu para conhecer o tal marquês. Ao conhecê-lo mudou de ideia, quanto o casamento de sua filha, dizendo que a princesa se casaria com o marquês de Capataz, caso ele quisesse. E lhe perguntou:
- O senhor aceita se casar com minha filha, a princesa de Carabás?
- Sim, aceito. Respondeu o falso marquês feliz da vida, pois iria se casar com uma princesa que possuía um dote altíssimo.
Uma semana depois os dois já estavam casados.
O filho do moleiro ficou rico, ajudou seu pai, seus irmãos e todos que ele conhecia a serem felizes.
Devido o casamento do filho do moleiro com a princesa o pato de botas tornou-se um nobre e já não corria mais atrás das minhocas. A não ser para se divertir é claro.


Ângela Maria Pereira Pontes
Darcira dos Santos da silva


            Era uma vez uma moça bonita, chamada Mayelle, que adorava criar lindos vestidos e morava com seu pai, que faleceu após casar-se com Lurranna que tinha duas filhas, Cátia e Esthefanne. Como Lurranna tinha inveja da beleza e humildade da moça começou á maltratá-la, despediu todos os criados e colocou a pobre moça para fazer os serviços de casa. Como era muito bonita e vivia suja recebeu o apelido de gata borralheira, quando tinha tempo trancava-se em seu quarto e começava a criar lindos vestidos.
A rainha era muito vaidosa e seu estilista havia falecido, então resolveu fazer um concurso para escolher o melhor desenhista da cidade, para torna-se seu estilista real. A rainha convidou todos do reino para participar do evento. Quando Lurranna recebeu o convite mandou suas filhas para o quarto, para desenhar vestidos... As meninas terminaram e entusiasmadas foram correndo mostrar à mãe, quando a mãe viu os desenhos de suas filhas ficou horrorizada com tamanha feiúra, então, colocou as meninas de castigo e disse que elas só iriam sair quando aprendessem a desenhar.
Lurranna foi ver como a gata borralheira estava se saindo, ficou impressionada com o talento de Maylle. Então chegou o tão esperado dia, Maylle estava toda confiante, mas Lurranna estava com tudo planejado, roubou todos os vestidos de Maylle e os apresentou como sendo seus para a rainha. Quando Maylle chegou, em seu quarto, viu tudo revirado, saiu correndo e abriu seu armário e viu que seus vestidos não estavam lá, com isso ficou muito triste.
Quando se acalmou resolveu dar uma lição em Lurranna, pegou seu cavalo e saiu cavalgando em direção ao castelo. No caminho, sofreu um acidente e um lindo rapaz a socorreu, ela pediu que a levasse para o castelo, não sabendo ela que ele era o príncipe, contou todo o acontecido a ele.
Ao chegar ao castelo o príncipe impediu que Lurranna fosse coroada estilista real.
Maylle explicou tudo à rainha, mas Lurranna sempre estava a garantir que os vestidos eram seus e por destino do acaso o vestido da rainha rasgou e o príncipe pediu que Lurranna o concertasse. Como não era Lurranna que fazia os vestidos não conseguiu arrumá-lo, então, Maylle provou que realmente era a criadora dos vestidos.
Lurranna recebeu um castigo, foi jogada no calabouço por ordem da rainha.
O príncipe ficou admirado com a coragem de Maylle e resolveu casar-se com ela.
A rainha achou uma maravilha. Gostou tanto da moça que não deu importância para o fato dela não fazer parte da nobreza, com isso os dois casaram-se, tiveram vários filhos, netos e se separaram na velhice.
Após a separação a gata borralheira foi morar com sua filha, Myllene, em outro castelo que o príncipe havia lhe dado. Lá ficou até seu último dia de vida.


Adrianne Alves Souto
Adrielle Alves Souto

Pequenina

Era uma vez uma senhora que queria muito ser mãe e devido sua idade avançada não podia. Ela sempre pensava como seria maravilhosa a sensação de um dia poder ter um filho.
Um dia, estava a chorar quando lhe apareceu uma fada, então, ela a pediu que realizasse seu desejo, pois ela queria muito ser mãe, a fada, então, lhe deu um minúsculo ovo para que ela cuidasse até que ovo quebrasse. Depois de alguns dias ao ver o ovo se mexendo e se quebrando a senhora assustada e ao mesmo tempo muito feliz por que seu sonho de ser mãe estava prestes a se realizar, teve uma surpresa ao ver que dali saiu uma minúscula menina, uma “Pequenina”.
Com muito cuidado e amor, a senhora preparou um lindo quarto para a menina. Seu berço era feito de casca de noz. O colchão era forrado de pétalas de violeta e o cobertor era feito de pétalas de rosa.
Certa noite, quando a menina dormia tranquilamente, seu quarto foi invadido por um sapo muito feio e viscoso que saltou, imediatamente, para a mesa onde estava à menina e ao vê-la disse:
- Que linda Pequenina, esta dará uma linda esposa ao meu filho.
O sapo, então, a levou para um lago muito sujo que ficava perto de um pântano, próximo à casa de Pequenina.
Na manhã seguinte, ao acordar, a menina viu que estava no meio do lago e começou a chorar, e ao ouvir o choro da menina o velho sapo nadou com seu filho até a folha onde se encontrava a Pequenina e disse:
- Preparei uma bela casa em uma caverna aqui mesmo no pântano para você morar com meu filho. A menina voltou a chorar ao ouvir isso, pensava como seria seu casamento com o horroroso filho do sapo.
As minhocas, que ali estavam, ouviram tudo e decidiram ajudá-la tentando tirá-la dali. Empurraram a folha até o meio do lago fazendo com que ela ficasse bem longe, de repente um lindo pássaro voou em volta da Pequenina e a colocou em suas asas e saiu voando para deixá-la no alto de uma árvore.
Pequenina agradeceu às minhocas e o pássaro por terem livrado-a do casamento.
Em seguida, aparece um macaco que lhe pede para sentar sobre uma folha e lhe oferece algo para comer e beber elogiando sua beleza.
Outros macacos que moravam ali, também, vieram visitá-la e ao vê-la começaram a ri dizendo:
- Hein, ela só tem duas pernas! E não é peluda. Como ela é FEIA!
A Pequenina era uma menina encantadora. Mas, como o macaco mais velho a achou esquisita pediu que descesse da árvore. Enquanto ela descia os demais ficavam rindo da forma que a pobrezinha descia.
Pequenina ficou o verão, o outono e o inverno sozinha. Sobreviveu bebendo o orvalho que durante a madrugada caia sobre as folhas, a pobre menina sofria com o frio e as suas roupas já estavam virando farrapos. Então, ela resolveu sair à procura de um lugar para se proteger durante as chuvas.
Durante a sua procura, encontrou uma casa de uma senhora ursa, ao ver que a pobre menina precisava de ajuda disse:
- Entre, passe o inverno comigo. Ajudarei você e lhe darei comida, em troca você me ajuda a cuidar do meu filho mais novo.
A Pequenina aceita na hora.
Ao passar alguns dias, a senhora ursa contou para a menina que tinha um vizinho muito rico e solitário, que era dono de grandes geleiras.
O vizinho era o senhor rato que falou de sua riqueza para a garota. Pequenina começou a cantar e o senhor rato ficou encantado com sua voz, e quis logo se casar com ela. Só que não disse nada no momento.
No outro dia, o senhor rato convidou Pequenina para passear em uma de suas geleiras, e lhe mostrou um beija-flor muito triste e pequenina resolve perguntar:
- O que houve senhor beija-flor? Sua tristeza chamou minha atenção.
- O inverno matou todas as flores daqui. Responde o beija-flor.
A menina muito bondosa resolveu ajudá-lo dizendo:
- Conheço um lugar onde há sempre flores, pode ir pra lá, eu lhe digo onde fica.
O beija-flor ficou muito contente que até prometeu tirar a Pequenina de lá, no intuito de ajudá-la. Mas, a menina pensou que se saísse dali iria magoar as pessoas que lhe ajudaram, mesmo estando triste com aquela situação a menina não quis ir embora.
O senhor rato pediu a jovem em casamento e ela aceitou. A senhora ursa contratou cinco bichos da seda para fazerem seu enxoval e o vestido do casamento. Seu noivo ia visitá-la todas as noites e, assim, combinaram que o casamento iria se realizar no final da estação.
Até que, chegou o outono e o seu enxoval ficou pronto e a menina começou a chorar porque não queria casar-se com o senhor rato.
Para tristeza da Pequenina o dia do casamento chegou e o rato apresentou-se para levar a noiva que, dali em diante, deveria viver com ele em sua toca, sem ver a luz do sol. Pequenina se despede aos prantos:
- Adeus lindo sol! Estou condenada a não mais te ver, ficarei longe de teus raios a tocar meu rosto.
Ao perceber que uma andorinha se aproximava Pequenina ficou feliz. A ave desceu rapidamente e pousou junto a ela que estava a chorar por que não queria se casar com o senhor rato. Então, a andorinha lhe convidou:
Venha comigo! Estou indo para uma região mais quente, iremos para lá das montanhas, onde o verão e as flores duram o ano inteiro. Pequenina aceita o convite e lá se foram as duas para nunca mais voltarem...


Ana Mirella Silva Oliveira
Eduardo de Oliveira Barbosa


Era uma vez um casal de catadores de lixo, que tinham um sonho de serem ricos.
Tinham sete filhos, só um era esperto e se chamava Pequeno Polegar. Eles queriam ir para a cidade grande, mas não tinham dinheiro suficiente para isso.
- Você está vendo que não podemos mais alimentar nossos filhos. Disse o pai.
O Pequeno Polegar ouviu tudo, saiu silenciosamente e foi até a beira do rio catar pedrinhas brancas.
No dia seguinte, todos foram para a cidade grande e o Pequeno Polegar não contou nada do que sabia aos irmãos. Chegando lá saíram à procura de um lugar para ficarem.
O pai e a mãe das crianças pensaram em deixar seus filhos lá e voltarem para seu barraco perto do rio.
O Pequeno Polegar, então, disse aos irmãos:
- Não tenho medo, levarei vocês de volta ricos. É só me seguirem. Os irmãos preguiçosos arrumaram um lugar para ficarem, enquanto o Pequeno Polegar procurava emprego.
Quando o catador de lixo e sua esposa chegaram de volta em casa receberam muita comida do chefe da aldeia onde eles moravam.
A mulher decepcionada pergunta com marido:
- Onde será que estarão os nossos filhos? Nós os abandonamos e agora temos muita comida.
O catador de lixo ficou muito triste e começou a chorar.
O Pequeno Polegar voltou para o lugar onde seus irmãos estavam com uma notícia ruim e disse:
- Vamos voltar para casa amanhã de manhã, pois, não conseguir emprego.
Chegado lá, os pais estavam tristes e ao mesmo tempo felizes, porque estavam com muita comida na mesa e sem seus filhos na casa.
Os meninos conseguiram encontrar sua casa e começaram a baterem na porta gritarem:
- Estamos aqui!!! Estamos aqui!!! Abram que nós voltamos.
A mãe das crianças correu para abrir a porta feliz da vida. Os meninos se sentaram à mesa e comeram toda a comida. Mas essa alegria durou pouco tempo. Pois, o dinheiro e a comida acabaram e eles pensaram em voltar para a cidade grande.
Quando o Pequeno Polegar ia sair para catar pedrinhas encontrou a porta trancada. Após isso, seus pais pegaram Polegar e seus irmãos e os levaram ao ponto mais alto e escuro da cidade e os deixaram lá. O Pequeno Polegar não se preocupou muito, já seus irmãos preguiçosos ficaram loucos. Como o Pequeno Polegar pensa em tudo deixou pedacinhos de pão no caminho, para voltar para sua casa com seus irmãos. Infelizmente, na volta não conseguiu encontrar uma única migalha do pão, pois, os passarinhos tinham comido tudo.
Eles ficaram perdidos na cidade. O Pequeno Polegar subiu em uma árvore e avistou logo em frente uma casa, pegou seus irmãos e foram para lá. Chegando lá, uma mulher os atendeu e foi logo falando:
- Meus pobres meninos, vocês não sabem que aqui é a casa de um Ogro que come crianças?
Os meninos tremiam dos pés à cabeça e a mulher resolveu escondê-los do Ogro, que era seu marido. Acreditou que poderia fazer tamanha façanha. De repente, eles ouviram três batidas na porta, era o Ogro que chegava. A mulher, então, escondeu os meninos debaixo da cama. O Ogro muito esperto farejou por todos os lados dizendo que sentia cheiro de carne fresca, e foi direto olhar debaixo da cama, logo depois murmurou:
- Eis aqui uma boa refeição! Porém, sua mulher pediu para ele não comer aquelas pobres crianças.
O Ogro tinha sete filhas. Elas, ainda, não eram muito más e dormiam numa cama enorme, em um dos quartos. No outro quarto, em outra cama do mesmo tamanho, a mulher do Ogro deitou os sete meninos.
O Pequeno Polegar observou que as filhas do Ogro usavam coroas de ouro. Levantou-se no meio da noite, pegou o gorro dos seus irmãos e o seu e os colocou na cabeça das sete meninas, em seguida, pegou as coroas e as colocou na cabeça de seus irmãos e depois na sua. Acordou seus irmãos e mandou que eles descessem até o jardim e corressem sem parar.
Quando o Ogro acordou, pediu à mulher que fosse buscar as crianças. Mas quando ela subiu ao quarto, encontrou apenas suas sete filhas dormindo e foi avisar ao marido que os meninos haviam fugido.
O Ogro ficou furioso e foi atrás dos meninos.
Os meninos avistaram o Ogro quando já estavam perto do barraco dos seus pais, sem saber. Saíram correndo e o Pequeno Polegar ao ver uma abertura numa rocha se escondeu nela junto com os seus irmãos. O gigante, já bastante cansado, resolve repousar um pouco e foi sentar-se bem em cima da rocha onde os meninos estavam.
O Pequeno Polegar avistou sua casa e mandou seus irmãos irem para lá. Então, ele aproximou-se do Ogro e lhe tirou cautelosamente as botas e calçou-se imediatamente. As botas eram encantadas, elas aumentam ou diminui o seu tamanho ideal.
O menino voltou à casa do Ogro e falou para sua mulher que seu marido estava em perigo. Dizendo que ele havia sido capturado por assaltantes que queriam tudo que ele tinha. Apavorada, a mulher, entregou tudo que tinham ao Pequeno Polegar. Ele saiu carregando toda a riqueza do Ogro e foi para a casa de seus pais, lá todos estavam a sua espera com uma grande festa.
A família do Pequeno polegar nunca mais passou necessidade e realizou seu grande sonho, o de morar na cidade grande. Depois daí, foi só alegria, nunca mais sentiram tristeza ou fome.
O Ogro nunca mais achou o caminho de volta para casa, ficou pelas ruas comendo criancinhas. 


Briêbo Lima de Souza
Jackson Dias dos Santos


Era uma vez três trabalhadores que se chamavam Maicon, o mais novo, Junior, o do meio e Igor, o mais velho, eles viviam felizes e despreocupados na casa de sua mãe que se chamava Maria.
A mãe deles era ótima, cozinhava, passava roupa e fazia tudo pelos filhos.
Certo dia, dona Maria chamou seus filhos e falou:
- Queridos filhos, vocês já estão bem crescidos, já é hora de terem mais responsabilidades, para isso, é bom morarem sozinhos.
Aquele dia estava bonito, muito ensolarado e com um brilho diferente. Sua mãe aproveitou para se despedir dos seus filhos, dizendo:
- Vão, cuidem-se e sejam sempre unidos.
Os três irmãos trabalhadores partiram para a cidade em busca de um bom lugar para construírem uma vida melhor.
Chegando lá compraram um pequeno terreno e decidiram que iriam construir sua moradia.
- Faremos uma casa bem estruturada. Disse Maicon, pois, pensava na segurança e no conforto de todos no novo lar.
Terminando a construção da casa, os três irmãos saíram à procura de serviço. Conseguiram emprego e viviam para trabalhar.
Com o passar dos dias foram fazendo amizade naquela redondeza, até que um dia, um cachorro, chamado Big, percebeu que ali, no morro, haviam três irmãos morando. O cachorro sentiu sua barriga roncar de fome e só pensava em comer os irmãos.
Foi aí que ele resolveu ir até a casa de Maicon, Igor e Junior.
Chegando lá bateu: toc, toc, toc na porta e o Junior hesitou em abrir e olhando pela janela avistou que quem estava batendo era o cachorro Big. Não havendo resposta Big volta a bater: toc, toc, toc e os três irmãos, então, resolveram tentar intimidar o cachorro gritando:
- Vá embora! Só abriremos a porta para a nossa família.
Então, Big insiste para que eles abram a porta, mas não consegue convencer os irmãos. Igor, muito confiante, diz:
- Deixem esse cachorro comigo! Vou mostrá-lo o que dar cachorro insistir em entra na casa alheia sem ser chamado.
Ouvindo isso, o cachorro resolveu voltar para a sua toca e descansar até o dia seguinte.
Maicon assistiu todo aquele episódio pela janela do andar superior da casa.
Junior e Igor perceberam que o cachorro tinha ido embora e comemoraram sua vitória, só que Maicon os advertiu dizendo:
- Acalmem-se! Não comemorem ainda. Esse cachorro é muito esperto, ele não desistirá antes de nos devorar.
No dia seguinte bem cedo, Big estava de volta à casa dos três irmãos, disfarçado de cachorrinha com cara de triste.
Os dois irmãos mais novos, Maicon e Junior, ficaram com muita pena daquela falsa cadela com cara de triste e resolveram abrir a porta. Quando o irmão mais velho, Junior, deu fé seus irmãos já estavam sendo devorados pela falsa cadela.
 Igor ficou revoltado com tamanha crueldade. Com muita raiva do cachorro foi para cima de Big e apesar de está furioso acabou sendo devorado também.
Pouco tempo depois, dona Maria, a mãe dos meninos não aguentando mais de saudades foi atrás de seus filhos, e, ao chegar a casa onde eles moravam foi surpreendida pelo cachorro, o mesmo tinha acabado de devorá-los, então, ele aproveitou e a devorou também.
E assim foi a história dessa família..

Jéssica Adriene Ferreira e Silva
Pâmela Keite Gomes Valadares

Tobias e Adriene

Perto de uma pequena roça, vivia uma família muito pobre, já era tarde da noite quando o homem perguntou à mulher:
- Quando iremos embora?
Sua esposa, ansiosa, lhe responde:
- Amanhã, bem cedo.
As duas crianças, Tobias e Adriene, estavam acordados e ouviram tudo. Então, Adriene começou a chorar:
- Hum, hum, hum...
- Não chore Adriene, vou encontrar um jeito de nos salvar. Disse Tobias muito preocupado.
Quando amanheceu, a madrasta aos prantos gritou:
- Vamos logo, quero uma casa melhor.
Ao chegaram à nova cidade a madrasta ficou maravilhada com o que viu, pois eles estavam em uma cidade grande.
Adriene e Tobias ficaram sentados contando os prédios que viam.
Ao entardecer eles foram passear na cidade. Adriene com seu lápis e seu caderno escreveu tudo o que via pela frente.
De tanto andarem as crianças cansaram e se sentaram em um banco da praça em frente a um parque, ficaram lá entretidos que nem perceberam que sua madrasta havia sumido, deixando-os perdidos.
Algumas horas depois, Adriene olhou para Tobias com os olhos cheio de lágrimas e lhe perguntou:
- Como iremos voltar para casa agora?
Tobias lhe respondeu:
- Quando estávamos vindo, fiz vários xis no chão marcando o caminho de casa até aqui. Assim, poderemos voltar para casa pelo caminho que marquei.
Os sinais se apagaram, com tanta gente e carros passando por cima, e Adriene e Tobias ficaram sem saber como voltariam para casa.
Uma semana depois, as crianças entraram em um shopping e foram para o pátio de brinquedos, lá brincaram até o anoitecer.
Adriene e Tobias brincaram tanto que adormeceram dentro de uma casinha escorregador.
Ao amanhecer foram à procura do que comer e beber. Comeram o que quiseram.
De repente ouviram uma voz que vinha de uma das lojas:
- Quem está aí? Quem está aí? Ande responda.
- Não é ninguém. Respondeu Tobias agoniado.
A porta se abriu e apareceu o vigilante do shopping.
Adriene e Tobias ficaram tão assustados que deixaram cair o que estavam comendo.
O vigia tomou os dois pelas mãos e os levaram para dentro de um quarto escuro, arrumou duas camas macias e os ordenou a ficarem quietos e tranquilos. Em seguida, saiu trancando a porta com um cadeado.
Assim, as duas crianças passaram o dia, ao anoitecer o bom homem levou comida para elas e falou para eles dormirem ali.
Na manhã seguinte, o vigia deixou eles escondidos com comida e água, para que ninguém notasse a presença daquelas pobres crianças.
Passados alguns anos, o vigia passou a violentar Adriene. Ela chorava muito, mas, mesmo assim, aguentava porque ele os ameaçava de morte.
Todas as manhãs o vigia ia até o quarto das crianças e dizia:
- Se vocês não me obedecerem vou matá-los.
Duas semanas depois, o vigia mandou Adriene lavar as roupas e ordenou que o menino fosse pedir esmola no sinal de trânsito.
Certo dia, o vigia se distraiu e dormiu deixando Adriene e Tobias fazendo os afazeres de casa, então eles pegaram a chave, abriram o cadeado e saíram correndo e gritando:
- Estamos livres!!! Estamos livres!!! Estamos livres!!!
As crianças estavam muito felizes.
No caminho, durante a fuga, viram um saco cheio de dinheiro. Tobias resmungou:
- Tem muita grana aqui, vou encher meus bolsos.
- Eu também quero levar alguma coisa para casa. Completou Adriene, enchendo os bolsos do seu aventalzinho.
Ao saírem do shopping, encontraram um velho conhecido de sua família e correram para pedi-lo que lhes ensinassem o caminho de volta para casa.
O senhor lhes falou que se pai quase ficou louco quando soube do sumiço deles. Assim, o homem os levou de volta para casa.
A madrasta, muito arrependida, disse:
- Não tive um só momento de paz depois de tê-los abandonados na praça, me perdoem para que seu pai possa me perdoar também.
Adriene e Tobias a perdoaram, pois sabiam que seu pai a amava muito.
Assim, terminaram os dias de pobreza e eles viveram juntos tempos muito felizes, até que seu pai se apaixonou por outra bela mulher...