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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Divirta-se com Clarice Lispector


Festança na floresta
Estamos no mês de junho, as fogueiras de São João se acendem, balões sobem, já há friozinho e aconchego. Dá para comer batata-doce à meia-noite com café tinindo de quente.
Mas me disseram que a festa não é só nossa. Pois não é que ia haver uma festa da bicharada na selva? E calculei que isso acontecesse no mês de nossos próprios folguedos. Pelo menos é o que garantem os índios da tribo Tembé.
Foi assim: os animais das matas até que estavam ocupados e calmos em relação a seus deveres, pois o dever do animal é existir. Mas eis senão quando surgiu no ar um boato que logo se espalhou alvissareiro num diz-que-diz assanhado. Vinha esse boato trazido pelo canto do sabiá. Como o sabiá, a quanto se sabe, canta pelo mero prazer de cantar, ficaram os bichos em dúvida sobre se era ou não verdade.
E – de repente – começou a chover convite para a tal festança. Quem convidava não dizia quem era, mas todos desconfiaram que a idéia vinha da rainha das selvas brasileiras, a onça, mandachuva que era. Todos os bichos foram convidados, garantindo-se que na ocasião seria abolida a ferocidade. Até a mãe-coruja, que de tão séria e sábia até óculos usava, foi convidada com seus filhotes.
Quanto às filhas do macaco, doidas para namorar e enfim casar, enfeitaram-se tanto e com tantas bugigangas que pareciam umas – é isso mesmo, pareciam umas verdadeiras macacas.
E quem pensa que a cobra faltou por ser tão nojenta está enganado: apareceu fazendo salamaleques com o corpo escorregadio para chamar a atenção.
A noite estava toda iluminada por milhares de vaga-lumes, pela lua silenciosa e pelas estrelas úmidas. Quanto à orquestra, fiquem certos de que era da melhor qualidade: uma turma de tucanos encarregou-se de tocar em valsa os mais belos grunhidos da mata.
A bicharada estava acesa de alegria. O papagaio foi muito aplaudido quando berrou uma canção alegre, e as macacas casadoiras, penduradas pelos rabos nas árvores, estavam certas de que eram grandes bailarinas.
Bem, a coisa estava no máximo de animação. Mas a onça estava inquieta, doida para atacar. E como não fosse permitida nessa noite a carnificina, ela começou a ser feroz com a língua viperina. Então cantou: “Dona Anita é gorda roliça que nem uma porca e tem cor de rato”. A anta danou-se e retirou-se.
A onça, vendo que tinha tido sucesso, cantou uma ofensa horrível contra o jabuti, dizendo que este estava coberto de mosca varejeira. Tanto que o jabuti, ofendido, foi embora. Depois a onça falou: “Vejam que decote indecente o das filhas do macaco”. As macacas ficaram fulas da vida e só não saíram de lá porque a esperança de arranjar noivo é a última que acaba.
Mas acontece que havia entre os animais o deus dos veados. Arapuá-Tupana, que resolveu acabar com a empáfia da onça e para vencê-la pôs-se a cantar. Os bichos, sabendo que quando o ouvissem morreriam, taparam os ouvidos. Arapuá-Tupana afinal foi embora e a bicharada não morreu.
É. Mas os animais haviam perdido o dom da fala, ninguém se compreendia mais. E isso até o dia de hoje. Porque grunhir ou cantar não diz nada. Tudo por causa da onça linguaruda.


domingo, 27 de novembro de 2011

Replica da homenagem que fizeram a mim.

Queridos alunos, sintam-se abraçados um a um, pois está chegando a hora da despedida! Logo, logo estaremos nos despedindo de mais um ano letivo que passamos juntos. Muitos de vocês passarão para o ensino médio, levo no meu coração os vossos sonhos de adolescentes, sinceros e transparentes.
Vejo-os como flores a desabrochar num jardim muito belo que jamais sairá da minha memória. Sei que briguei, berrei, zanguei, “puxei a orelha” de muitos de vocês quando necessário, sei que não tinha esse direito, mas os adultos são assim mesmo! Vão acostumando.
Mas, o bom de tudo isso são as lembranças que permanecerão em minha memória, dos seus rostos “sempre sorridentes” e felizes que compreendiam tudo silenciosamente, que acalmavam a minha injusta conduta de "adulto" para convosco. Acima de tudo vejo a amizade, o carinho, a enorme ternura que sempre senti por vocês, não os esquecerei, podem estar certos disso.
Estou plenamente convicta que nesta hora do adeus desejo levá-los para sempre comigo e acima de tudo, pedi-lhes DESCULPAS. O meu pedido de desculpa prima por ser autêntico, verdadeiro, sincero e, sei que todos vocês, sem esquecer um, me perdoará, com um abraço sem mágoa.
Alguns foram traquinos, inquietos e o comportamento de uns foram irreverentes – alvo de comentários em todos os pontos da escola.
Felicito a todos vocês pela compreensão, resignação e alegria com que aceitaram as minhas “censuras” aos vossos atos de: estarem sem o uniforme escolar, portando celular dentro e fora da sala de aula, jogando giz uns nos outros, sentando nos corrimões do pátio, deixando de fazer suas atividades, quebrando um dos vidros da janela...
Por tanto, pensando no que dissemos, fizemos e sentimos, percebemos que os momentos de história que realizamos juntos foram mais grandiosos do que pequenos.
Neste momento palavras perdem o sentido diante das lágrimas contidas na saudade que iremos sentir, mas sorriso é o que demonstraremos uns aos outros nesta hora de “quase” despedida, neste momento só me ocorre uma frase: OBRIGADA E ATÉ SEMPRE!!!
Fiquem com Deus.
Célia Sousa...




sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Sentimentos...

            Encontrei o texto abaixo, hoje 25 de Novembro, dentro de um dos meus diários de classe. Não estava assinado quem o escreveu, apenas identificado 8ª série, então publiquei-o como havia sido pedido.
          Muito obrigada às pessoas que o escreveu, acho que foram várias, pois os termos/palavras estão sempre no plural...



Homenagem à professora Célia...


Pensamos que esta é a oportunidade ideal para lhe agradecermos por tudo aquilo que a senhora fez e está fazendo por nós, por tudo que nos ensina dentro e fora da sala de aula e, também, por tudo de bom que a sua postura séria, honesta e ética sugere a nós e a todos os nossos colegas de classe. Acredito que a sua vida seja bastante complicada, com tantas coisas a ensinar, com tantas provas a corrigir, com toda a preocupação em saber se os seus ensinamentos foram assimilados... cremos que sejam poucas as profissões que exijam tanto de alguém como a sua, pois a sua tarefa não termina quando o sinal toca indicando que é o fim de mais uma aula, e isso torna a sua função um verdadeiro sacerdócio, não é?
Sabemos que às vezes não sabemos reconhecer o seu esforço e a sua dedicação e, assim, pedimos mil desculpas em nosso nome e em nome de nossos colegas também. Não é por mal, acredite!
Como estamos chegando ao final do ano, achamos que esta é uma boa oportunidade para que todos nós façamos uma promessa de nos comportarmos melhor durante as aulas, sermos mais atentos, para retribuirmos à sua dedicação com a nossa dedicação.
A gente ouve dizer que a vida do professor é muito sacrificada: muito trabalho, muito estresse, poucos respeitam e pouco dinheiro... No entanto, queremos que esta cartinha toque o seu coração e a sua mente como uma luzinha no fim do túnel, como uma renovação desta sua esperança oculta de que, um dia, finalmente, o mundo saberá reconhecer o valor das suas palavras, da sua dedicação extrema, do seu árduo, nobre e sagrado trabalho. Nós já estamos fazendo isso, acredite!

Não esqueça de publicar no seu blog, sem tirar nada, beijos te amamos...

8ª série 


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O texto abaixo foi produzido pela aluna Dayane Pereira Cavalcante da 6ª série A



Respeito é vida

            Atualmente vivemos em um mundo em que pouco se respeita o próximo. Temos dificuldades em respeitar valores diferentes dos nossos, ou até mesmo atitudes e opiniões que sejam diferentes das nossas.
            Respeito é fundamental em todas as relações e em todos os momentos da nossa vida, por isso devemos compreender e aceitar a importância do próximo, pois somos diferentes uns dos outros e cada um de nós possuímos qualidades próprias e não podemos exigir que os outros tenham as mesmas qualidades que as nossas. Devemos respeitar cada um com suas individualidades, tratando-os com atenção, consideração e a devida importância.
            Respeito gera respeito, por isso quando respeitamos o próximo levamos o outro a fazer o mesmo com nós, e, assim podemos tentar construir uma sociedade melhor para vivermos.
            Respeitar as diferenças é “amar as pessoas como elas são”!!!

sábado, 19 de novembro de 2011

Atividades avaliativa - 7ª série

Atividade  1

Leia a anedota abaixo:

Os parentes

            O casal vem pela estrada sem dizer palavra. Brigaram, nenhum dos dois quer dar o braço a torcer. Ao passar por uma fazenda em que há mulas e porcos, o marido pergunta, sarcasticamente:
            - Parentes seus?
            - Sim, responde ela, cunhados.
Almanaque Brasil, abril de 2001.


1. Qual era a intenção do marido ao fazer a pergunta à mulher?




2. A reação da esposa mostra que ele foi bem-sucedido? Por quê?




3. Que intenção tem a esposa com a resposta?




4. Por que o aparente conflito de opiniões não prejudica a argumentação do diálogo?





 Atividade – 2
Leia o texto abaixo:

A velocidade do cérebro

            Quando uma pessoa queima o dedo, a dor é um sinal que o tato envia ao cérebro. Este, por sua vez, transmite outro sinal aos músculos, que reagem afastando a mão do fogo. A velocidade de circulação dessas mensagens surpreende: elas viajam a 385 km/h, mais rápido que um carro de Fórmula 1.
Coquetel – Grande Titã, nº 180.



1. Por que a velocidade das mensagens transmitidas ao cérebro é facilmente aceita pelos leitores?




2. Que assunto é defendido no texto?




3. Que argumentos são utilizados para mostrar a sustentação do assunto do texto?




4. Faça uma relação entre o título do texto e a identificação do assunto?




Atividade – 3

Leia o fragmento adaptado, abaixo, do jornal Correio Brasiliense, de 1/2/2004.


            A retirada de um tumor significa mudança de hábito na vida da família do economista P. V. S. Há três meses ele foi surpreendido pela descoberta de um câncer de pele. “Levei meu filho em consulta ao dermatologista e aproveitei para mostrar ao meu médico umas manchas no corpo.”
            Em novembro, P. passou por uma cirurgia para a retirada da lesão e ensina: “Nunca imaginei que os anos de praia em Santos poderiam me trazer problemas de saúde. Hoje só faço caminhadas com filtro solar FPS 60.”
            Os especialistas alertam que a proteção deve ser iniciada ainda na infância. Em consultórios e clínicas, eles confirmam que a doença atinge cada vez mais jovens.



1. Para que assunto o texto quer chamar a atenção do leitor?




2. De que ideia o texto pretende convencer o leitor?




3. Apesar de começar contando a história de uma pessoa, como se percebe que o objetivo do texto não é focado sobre um caso individual?




4. O exemplo do economista se integra à argumentação do texto, pois ele é uma prova real e concreta de que o sol faz mal à pele. Que importância tem, para a argumentação, os depoimentos do paciente?



Atividade – 4
Leia:

O poder dos amigos

Uma pesquisa realizada na Suécia comprovou que bons amigos fazem mesmo bem
ao coração. O estudo acompanhou a evolução do estado de saúde de 741 homens por 15 anos e concluiu que aqueles que mantinham ótimas amizades apresentaram muito menos chances de desenvolver doenças cardíacas do que aqueles que não contavam com o ombro amigo de alguém.
ISTOÉ, 3/3/2004.


1. Que assunto você identifica nesse Texto?




2. Como o texto comprova esse assunto?




3. Se você, como leitor, quisesse contestar esse assunto, que argumento contrário você teria que apresentar para que fosse aceito como válido?




4. Que relação você estabelece entre o título e o assunto do texto?



Boa Sorte!!!


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Atividades avaliativa - 5ª série

Atividade – 1

Observe como a reação do interlocutor é provocada por uma pergunta no seguinte texto publicitário.



1. Que finalidade tem o texto – visual e verbal?



2. Que significado tem a lata de lixo no texto?



3. A que conclusão o texto conduz?



4. Como o leitor poderia se convencer da importância do produto anunciado?




Atividade – 2

Observe as imagens da tira em quadrinhos da turma da Mônica a seguir e procure ordenar a sequência da história.




1. Você percebeu alguns recursos gráficos utilizados pelo desenhista que oferecem ao leitor a ideia de continuidade da tirinha? Quais?



2. A imagem do Cebolinha com a mão no queixo antecipa ao leitor alguma informação da tirinha? Qual?




3. O movimento e a expressão no rosto da Mônica provocam alguma reação no Cebolinha. Justifique essa reação e relacione esse quadrinho com os demais.




4. Quais são as informações dos quadrinhos que permitem ao leitor reconhecer as três cenas como partes de uma mesma história?




Atividade – 3

Quando desejamos convencer alguém sobre a importância de um produto ou de uma informação, utilizamos o recurso da propaganda. Observe a propaganda a seguir e responda:



1. O que a propaganda divulga?



2. Qual foi a imagem utilizada no anúncio? Por que o anunciante escolheu essa imagem?




3. O que o texto verbal diz ao leitor?




4. O que há em comum entre a imagem e o texto do anúncio?



5. A qual leitor se dirige o anúncio?



6. Que argumento foi utilizado no anúncio para convencer o leitor?




7. Por que o anúncio pode convencer o leitor?




8. Para convencer os leitores, os anunciantes utilizam estratégias especiais. Qual foi a estratégia utilizada neste anúncio?



Boa Sorte!!!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Atividades avaliativa - 6ª série


Atividade  – 1

Leia a tira a seguir e observe a sequência dos fatos:  





1. Que relação pode ser estabelecida entre o pensamento da Mônica e o poço onde ela joga a moeda?



2. Magali apresenta um movimento no quadrinho diferente do movimento da Mônica e do Cebolinha, registrado pelos traços gráficos que saem de seus pés. Observe com atenção a atitude da Magali e relacione o seu pensamento à sua ação.



3. É possível relacionar a atitude e o desejo de Magali à sua personalidade nas histórias da Turma da Mônica? Por quê?



4. Observa-se que, na sequência dos três quadros, o poço desloca-se para a esquerda, em relação ao leitor. O que esse movimento da imagem significa dentro da história da tirinha?




Atividade – 2


Leia o texto:


A primeira noite ele conheceu que Santina não era moça. Casado por amor, Bento se desesperou. Matar a noiva, suicidar-se, e deixar o outro sem castigo? Ela revelou que, havia dois anos, o primo Euzébio lhe fizera mal, por mais que se defendesse. De vergonha, prometeu a Nossa Senhora ficar solteira. O próprio Bento não a deixava mentir testemunha de sua aflição antes do casamento. Santina pediu perdão, ele respondeu que era tarde – noiva de grinalda sem ter direito.
TREVISAN, Dalton. Cemitério dos elefantes. Rio de Janeiro: Record, 1994.


1. Em sua primeira leitura, foi possível perceber que o texto fala a respeito de uma união casual ou de um casamento? Por quê?



2. O que significa a expressão “primeira noite” no texto? Justifique a sua resposta a partir das informações do próprio texto.



3. Segundo o narrador, por que o personagem Bento se desespera? O que essa atitude pode demonstrar com relação à personalidade do personagem?



4. Por que, dentro da narrativa, matar a noiva é uma consideração natural?




 Atividade – 3

Observe o anúncio das Casas Bahia:
<>  

Não perca

o show de

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Casas Bahia

No Caderno

Dinheiro.
Casas
BAHIA
DEDICAÇÃO
TOTAL
VOCÊ
  Jornal Folha de São Paulo, Capa (02/05/2004)


1. Qual é a intenção do anúncio?



2. Qual é a função da palavra não neste texto?



3. Para o consumidor, qual é o efeito provocado pela leitura desse cartaz?



4. Elabore um anúncio publicitário, divulgando um produto a seu critério, para isso use o verso da folha.




Atividade – 4

Leia as frases abaixo e responda as questões a seguir:


®     1. O cão ladra e não morde.


®     2. O livro recomendado já está esgotado, posto que foi publicado a menos de uma semana.


®     3. As crianças devem ser castigadas se não forem obedientes.



1. Todas as frases fazem sentido ao leitor? Por quê?



2. Que palavra na frase 1 altera o sentido esperado do enunciado? Explique sua resposta.



3. Na frase 2 há uma informação improvável que confere ao texto um sentido estranho. Identifique esta informação.



4. Qual é a razão para o estranhamento da frase 3? Explique.





Boa Sorte!!!


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Atividades avaliativa - 8ª série


Leia:


Na porta
A varredeira varre o cisco
Varre o cisco
Varre o cisco

Na pia
A menina escova os dentes
escova os dentes
escova os dentes.

(Quintana, Mário. Apontamentos de história sobrenatural/Poesias. São Paulo, Circulo do Livro, s/d)


1. O que se repete nos versos?





2. Como se chama esse recurso expressivo? Como você o define?





3. Qual é o assunto do poema?




4. A primeira estrofe não apresenta verbos. Por quê?




5. Observe a segunda estrofe. Apenas o sujeito muda nos versos que a compõem, portanto usa-se o recurso expressivo da repetição. Que efeito de sentido a repetição provoca no texto?





6. Ninguém tem pressa na cidadezinha. Que palavra é usada para exprimir essa ideia?






® Preste atenção ao verso “Devagar... as janelas olham.”


7. Nas cidades pequenas e em certos bairros pouco movimentados, as janelas estão associadas a que hábito dos moradores?




8. Como você explica o verso?





9. Que recurso expressivo o poeta usa nesse verso? Explique.





Ø Pode-se dizer que o último verso é uma espécie de desabafo.


10. Que recursos expressivos o poeta usa para dar essa impressão?




11. Como você entende esse verso?




12. Justifique o título do poema.




Leia o texto “Libertação”, de Mário Quintana, para responder as questões 13 e 14.


            Não há maior euforia, numa orquestra, como a dos pratos – tlin! tlin! tlin!!! Quando se vingam, enfim, do seu longo, do seu forçado silêncio.


13. Que figura de linguagem é usada para expressar o “sentimento” dos pratos?




14. A euforia dos pratos é indicada por outra figura de linguagem. Como é o nome dessa figura e que palavra a exprimem? 





Boa Sorte!!!


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Língua Portuguesa - SIEFMA

Leia

Texto 1:

Dormir fora de casa pode ser tormento
MIRNA FEITOZA

A euforia de dormir na casa do amigo é tão comum entre algumas crianças quanto o pavor de outras de passar uma noite longe dos pais. E, ao contrário do que as famílias costumam imaginar, ter medo de dormir fora de casa não tem nada a ver com a idade. Assim como há crianças de três anos que tiram essas situações de letra, há pré-adolescentes que chegam a passar mal só de pensar na ideia de dormir fora, embora tenham vontade.
Os especialistas dizem que esse medo é comum. A diferença é que algumas crianças têm mais dificuldade para lidar com ele. “Para o adulto, dormir fora de casa pode parecer algo muito simples, mas, para a criança, não é, porque ela tem muitos rituais, sua vida é toda organizada, ela precisa sentir que tem controle da situação”, explica o psicanalista infantil Bernardo Tanis, do Instituto Sedes Sapientiae. Dormir em outra casa significa deparar com outra realidade, outros costumes. “É um desafio para a criança, e novas situações geram ansiedade e angústia” afirma. [...]
Folha de São Paulo, 30/08/2001

Questão 01
De acordo com o texto,
(A) todas as crianças têm dificuldades em lidar com a ideia de dormir fora de casa.
(B) o medo de dormir fora de casa não tem a ver com a idade.
(C) crianças de três anos não têm medo de dormir em casas de amigos.
(D) os pré-adolescentes passam mal só de pensar em dormir fora de casa.

Questão 02
No trecho “A diferença é que algumas crianças têm mais dificuldade para lidar com ele.” (l. 6 e7), a palavra destacada refere-se a
(A) adulto.
(B) amigo.
(C) medo.
(D) psicanalista.

Questão 03
Em “... mas, para a criança, não é, porque ela tem muitos rituais, sua vida é toda organizada...” (l. 8), a palavra destacada indica
(A) oposição.
(B) alternância
(C) conclusão.
(D) explicação.

Texto 2:

Tormento não tem idade

Meu filho, aquele seu amigo, o Jorge, telefonou.
– O que é que ele queria?
– Convidou você para dormir na casa dele, amanhã.
– E o que é que você disse?
– Disse que não sabia, mas que achava que você iria aceitar o convite.
– Fez mal, mamãe. Você sabe que odeio dormir fora de casa.
– Mas, meu filho, o Jorge gosta tanto de você...
– Eu sei que ele gosta de mim. Mas eu não sou obrigado a dormir na casa dele por causa disso, sou?
– Claro que não. Mas...
– Mas o que, mamãe?
– Bem, quem decide é você. Mas, que seria bom você dormir lá, seria.
– Ah, é? E por quê?
– Bem, em primeiro lugar, o Jorge tem um quarto novo de hóspedes e queria estrear com você. Ele disse que é um quarto muito lindo. Tem até tevê a cabo.
– Eu não gosto de tevê.
– O Jorge também disse que queria lhe mostrar uns desenhos que ele fez...
– Não estou interessado nos desenhos do Jorge.
– Bom. Mas tem mais uma coisa...
– O que é mamãe?
– O Jorge tem uma irmã, você sabe. E a irmã do Jorge gosta muito de você. Ela mandou dizer que espera você lá.
– Não quero nada com a irmã do Jorge. É uma chata.
– Você vai fazer uma desfeita para coitada...
– Não me importa. Assim ela aprende a não ser metida. De mais a mais você sabe que eu gosto de minha cama, do meu quarto. E depois, teria de fazer uma maleta com pijama, essas coisas...
– Eu faço a maleta para você, meu filho. Eu arrumo suas coisas direitinho, você vai ver.
– Não, mamãe. Não insista, por favor. Você está me atormentando com isso. Bem, deixe eu lhe lembrar uma coisa, para terminar com essa discussão: amanhã eu não vou a lugar nenhum. Sabe por que, mamãe?
Amanhã é meu aniversário. Você esqueceu?
– Esqueci mesmo. Desculpe, filho.
– Pois é. Amanhã estou fazendo 50 anos. E acho que quem faz 50 anos tem o direito de passar a noite em casa com sua mãe, não é verdade?
Moacyr Scliar. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2001. P.178-4

Questão 04
No trecho “– Claro que não. Mas...” (l. 10), o uso das reticências sugere que a mãe
(A) esqueceu o que ia dizer.
(B) foi interrompida pelo filho.
(C) não tinha mais nada a dizer ao filho.
(D) tinha mais argumentos para tentar convencer o filho, mas faz uma pausa para permitir a ele pensar e quem sabe repensar sua decisão.

Questão 05
O uso da palavra “coitada” na frase “Você vai fazer uma desfeita para a coitada...” sugere que a mãe
(A) demonstra carinho pela moça.
(B) é indiferente ao sentimento da moça pelo filho.
(C) quer demonstrar um sentimento de compaixão para com a moça, objetivando convencer o filho.
(D) acha que a moça precisa de cuidados.

Questão 06
Embora os dois textos (Texto 1 e 2) versem sobre o mesmo tema, o tormento de dormir fora de casa pode causar a algumas pessoas, o texto 2 difere do 1
(A) por apresentar um caso de pessoas que sentem tormento ao pensar em dormir fora de casa, envolvendo um adulto, uma vez que o texto 1 só trata desse tormento em crianças.
(B) por dar um toque de humor ao tema.
(C) por demonstrar que o medo ou o transtorno de dormir fora de casa não tem a ver com a idade.
(D) por apresentar opiniões de especialistas.

Texto 3:      
   
                                      Fonte: Folha de S. Paulo, 25 out.1999.

Questão 07
A finalidade principal do texto acima é
(A) convencer.
(B) informar.
(C) relatar.
(D) solicitar um conselho.

Questão 08
Levando-se em consideração apenas o e-mail presente no anúncio publicitário da Bol, pode-se afirmar que
(A) a linguagem empregada está adequada, pois Dorinha usa uma linguagem formal, uma vez que não mantém uma relação íntima/pessoal com Boris Yeltsin.
(B) a linguagem não está adequada, pois Dorinha usa uma linguagem informal, mais apropriada para situações informais em que os interlocutores se conhecem e mantém uma relação mais familiar/pessoal.
(C) o uso do “tô” no fragmento “... eu tô com um dinheirinho...” representa uma marca do registro oral formal.
(D) a linguagem empregada está adequada, pois Dorinha e Yeltsin são amigos.

Questão 09
A palavra destacada em “... eu tô com um dinheirinho sobrando...” significa que Dorinha
(A) tinha pouco dinheiro.
(B) usou de modéstia ao referir-se ao dinheiro que tinha.
(C) tinha carinho pelo dinheiro.
(D) desprezava o dinheiro que tinha.

Texto 4:

Fonte: Folha de S. Paulo, 15 ago. 2005

Questão 10
Na tirinha acima, a palavra “tão” (1º quadrinho) está sublinhada e a palavra “tira!” (4º quadrinho) se apresenta em negrito para
(A) demonstrar que os locutores estão gritando.
(B) dar realce ao discurso, para chamar a atenção do leitor.
(C) no primeiro caso, intensificar a ideia de a beleza ser absurda; no segundo, demonstrar a calma da personagem que fala.
(D) passarem desapercebidas pelo leitor.

Texto 5:

Fonte: O Estado de S. Paulo, 28 jul. 2005.

Questão 11
Levando-se em consideração o contexto (uma academia), o que o desenho representa, o modelo socialmente construído nos dias atuais sobre o que é “estar em forma”, o conhecimento sobre tirinha, pode-se dizer que o enunciado que reproduz a fala do professor denota
(A) uma ironia.
(B) uma incerteza.
(C) uma verdade.
(D) uma constatação.

Questão 12
No fragmento “O professor disse que estou tão em forma quanto um homem...”, a expressão destacada estabelece uma relação de
(A) conclusão.
(B) adição.
(C) comparação.
(D) explicação.

Texto 6:

Balada do rei das sereias
O rei atirou
Seu anel ao mar
E disse às sereias:
- Ide-o lá buscar,
Que se o não trouxerdes,
Virareis espuma
Das ondas do mar!
Foram as sereias,
Não tardou, voltaram
Com o perdido anel.
Maldito o capricho
De rei tão cruel!
O rei atirou
Grãos de arroz ao mar
E disse às sereias:
- Ide-os lá buscar,
Que se os não trouxerdes,
Virareis espuma
Das ondas do mar!
Foram as sereias,
Não tardou, voltaram,
Não faltava um grão.
Maldito o capricho
Do mau coração!
O rei atirou
Sua filha ao mar
E disse às sereias:
- Ide-a lá buscar
Que se a não trouxerdes,
Virareis espuma
Das ondas do mar!
Foram as sereias...
Quem as viu voltar?...
Não voltaram nunca!
Viraram espuma
Das ondas do mar.  
Bandeira, Manuel. Estrela da vida inteira. 2 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1970, p. 176.

Questão 13
No poema acima, o uso do ponto de exclamação nas frases que indicam as falas do rei e nos seguintes versos “Maldito o capricho/De rei tão cruel!”, “Maldito o capricho/ Do mau coração!”, serve para respectivamente:
(A) acentuar o tom de ameaça do rei e expressar a indignação do narrador com a crueldade do rei.
(B) acentuar o tom de ameaça do rei e expressar a complacência do narrador para com a crueldade do rei.
(C) expressar a bondade do rei e denotar a indignação do narrador com a bondade do rei.
(D) acentuar o tom de raiva do rei e expressar a indignação do narrador para com as sereias.

Questão 14
Pode-se deduzir do poema que
(A) apenas as sereias foram penalizadas, pois viraram espumas das ondas do mar.
(B) o rei também foi vítima de sua própria crueldade, pois perdeu sua filha.
(C) a filha do rei foi a única vítima.
(D) o rei conseguiu ter sua filha de volta.

Texto 7:

Stress

Todo mundo já percebeu que stress é uma das palavras mais utilizadas nos dias de hoje. Mas será que as pessoas sabem de fato o que significa isso? Não. Na verdade, são poucas as pessoas que sabem qual o significado exato dessa palavra ou de seus mecanismos no corpo.
A princípio, não se pode considerar o stress coisa inerentemente destrutiva. Na realidade, ele reflete nosso desejo natural e positivo de viver a vida intensamente e assim, podermos ser felizes. Então, já podemos prever que stress envolve nossos desejos. É o motor de nosso estímulo e, assim, é que nos leva a obter aquilo que desejamos. Portanto, é natural que, em um mundo como o nosso, a felicidade implique determinados desafios e vencê-los implique o surgimento de algum tipo de stress.
A cada desafio, sofremos desgastes de ordem mental e física para solucioná-los. O stress é um mecanismo que envolve uma infinidade de processos químicos no interior do nosso corpo e faz com que as suas características fiquem alteradas num dado momento. A isso se chama Mecanismo de Adaptação. Na medida em que estamos vivos, vamos estar sempre perseguindo um ou outro objetivo e isso, por si só, implica ficar estressado.
Normalmente ouvimos as pessoas se referindo aos efeitos nocivos do stress. Mas deveríamos pensar que há um continuum entre o bom e o mau stress. Se não tivermos nenhum stress, não ficaremos motivados sequer a sair da cama porque não haverá nada que nos faça levantar e sair para a vida. Faltariam estímulos. Entretanto, um stress além da conta faz com que você fique ansioso, esgotado, pressionado. Dá aquele vazio no estômago e o pensamento perde a precisão. Há desânimo, dores de cabeça e até mesmo hipertensão.
Um stress muito forte pode significar que você está passando por crises em sua vida. Essas crises podem ocorrer em função de mudanças em sua vida. E essas mudanças podem ser em grande número ou poucas, mas de grande significação.
Mário Quilici - 1999
www.psipoint.com.br/arquivo_psicossoma_stress.htm

Questão 15
O tema central do texto é
(A) desgastes de ordem mental.
(B) stress.
(C) motivação.
(D) crises causadas por mudanças.

Questão 16
A tese defendida no texto é
(A) todo mundo sabe o significado exato da palavra stress.
(B) é natural que, num mundo como o nosso, a felicidade implique determinados desafios.
(C) um stress muito forte pode significar que a pessoa está passando por crises.
(D) o stress é a manifestação do nosso organismo frente à busca por algo desejado, portanto não é coisa inerentemente destrutiva.

Questão 17
Um forte argumento usado no texto para mostrar que o stress não é inerentemente negativo é
(A) “Se não tivermos nenhum stress, não ficaremos motivados sequer a sair da cama...”.
(B) “Todo mundo já percebeu que stress é uma das palavras mais utilizadas nos dias de hoje”.
(C) “Normalmente ouvimos as pessoas se referindo aos efeitos nocivos do stress”.
(D) “Há desânimo, dores de cabeça e até mesmo hipertensão”.

Texto 8:

A morte da Tartaruga

O menininho foi ao quintal e voltou chorando: a tartaruga tinha morrido. A mãe foi ao quintal com ele, mexeu na tartaruga com um pau (tinha nojo daquele bicho) e constatou que a tartaruga tinha morrido mesmo. Diante da confirmação da mãe, o garoto pôs-se a chorar ainda com mais força. A mãe a princípio ficou penalizada, mas logo começou a ficar aborrecida com o choro do menino. “Cuidado, senão você acorda seu pai”. Mas o menino não se conformava. Pegou a tartaruga no colo e pôs-se a acariciar-lhe o casco duro. A mãe disse que comprava outra, mas ele respondeu que não queria, queria aquela, viva! A mãe lhe prometeu um carrinho, um velocípede, lhe prometera uma surra, mas o pobre menino parecia estar mesmo profundamente abalado com a morte do seu animalzinho de estimação.
Afinal, com tanto choro, o pai açodou lá dentro, e veio estremunhado, ver de que se tratava. O menino mostrou-lhe a tartaruga morta. A mãe disse: – “Está aí assim há meia hora, chorando que nem maluco. Não sei mais o que fazer. Já lhe prometi tudo, mas ele continua berrando desse jeito”. O pai examinou a situação e propôs: – “Olha Heriquinho. Se a tartaruga está morta não adianta mesmo você chorar. Deixa ela aí e vem cá com o pai”. O garoto depôs cuidadosamente a tartaruga junto do tanque e seguiu o pai, pela mão. O pai sentou-se na poltrona, botou o garoto no colo e disse: – “Eu sei que você sente muito a morte da tartaruguinha. Eu também gostava muito dela. Mas nós vamos fazer pra ela um grande funeral”. (Empregou de propósito uma palavra difícil). O menininho parou imediatamente de chorar. “Que é funeral?” O pai lhe explicou que era um enterro. “Olha, nós vamos à rua, compramos uma caixa bem bonita, bastante balas, bombons, doces e voltamos para casa. Depois botamos a tartaruga na caixa em cima da mesa da cozinha e rodeamos de velinhas de aniversário. Aí convidamos os meninos da vizinhança, acendemos as velinhas, cantamos o “Happy-Birth-Day-To-You” pra tartaruguinha morta e você assopra as velas. Depois pegamos a caixa, abrimos um buraco no fundo do quintal, enterramos a tartaruguinha e botamos uma pedra em cima com o nome dela e o dia em que ela morreu. Isso é que é funeral! Vamos fazer isso?” O garotinho estava com outra cara. “Vamos, papai, vamos! A tartaruguinha vai ficar contente lá no céu, não vai? Olha, eu vou apanhar ela”. Saiu correndo. Enquanto o pai se vestia, ouviu um grito no quintal. “Papai, papai, vem cá, ela está viva!” O pai correu pro quintal e constatou que era verdade. A tartaruguinha estava andando de novo, normalmente. “Que bom, hein?” – disse. – “Ela está viva! Não vamos ter que fazer o funeral!” “Vamos sim, papai” – disse o menino ansioso, pegando uma pedra bem grande – “Eu mato ela”.

MORAL: O importante não é a morte, é o que ela nos tira.

Fernandes, Millôr. Fábulas fabulosas. São Paulo: Círculo do Livro, 1973.

Questão 18
O fato que gerou o conflito e desencadeou o enredo na fábula acima é
(A) o menino ter ido ao quintal.
(B) a mãe ter ido ao quintal com o menino.
(C) o menino ter achado que a tartaruga tinha morrido.
(D) o pai ter acordado e ir ver o que estava acontecendo.

Questão 19
Na fábula, o menino parou imediatamente de chorar por que
(A) a mãe lhe disse que comprava outra tartaruga.
(B) o pai lhe distraiu e lhe despertou a curiosidade ao usar uma palavra difícil.
(C) o pai lhe disse que se a tartaruga estava morta não adiantava ele chorar.
(D) constatou que a tartaruga estava viva.

Questão 20
A palavra destacada em “Olha, Heriquinho.” foi usada para
(A) demonstrar que o pai tem afeto, carinho pelo filho.
(B) demonstrar o tamanho do menino.
(C) demonstrar que o pai menospreza o filho.
(D) demonstrar que o pai estava irritado com o filho.