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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Língua Portuguesa - SIEFMA

Leia

Texto 1:

Dormir fora de casa pode ser tormento
MIRNA FEITOZA

A euforia de dormir na casa do amigo é tão comum entre algumas crianças quanto o pavor de outras de passar uma noite longe dos pais. E, ao contrário do que as famílias costumam imaginar, ter medo de dormir fora de casa não tem nada a ver com a idade. Assim como há crianças de três anos que tiram essas situações de letra, há pré-adolescentes que chegam a passar mal só de pensar na ideia de dormir fora, embora tenham vontade.
Os especialistas dizem que esse medo é comum. A diferença é que algumas crianças têm mais dificuldade para lidar com ele. “Para o adulto, dormir fora de casa pode parecer algo muito simples, mas, para a criança, não é, porque ela tem muitos rituais, sua vida é toda organizada, ela precisa sentir que tem controle da situação”, explica o psicanalista infantil Bernardo Tanis, do Instituto Sedes Sapientiae. Dormir em outra casa significa deparar com outra realidade, outros costumes. “É um desafio para a criança, e novas situações geram ansiedade e angústia” afirma. [...]
Folha de São Paulo, 30/08/2001

Questão 01
De acordo com o texto,
(A) todas as crianças têm dificuldades em lidar com a ideia de dormir fora de casa.
(B) o medo de dormir fora de casa não tem a ver com a idade.
(C) crianças de três anos não têm medo de dormir em casas de amigos.
(D) os pré-adolescentes passam mal só de pensar em dormir fora de casa.

Questão 02
No trecho “A diferença é que algumas crianças têm mais dificuldade para lidar com ele.” (l. 6 e7), a palavra destacada refere-se a
(A) adulto.
(B) amigo.
(C) medo.
(D) psicanalista.

Questão 03
Em “... mas, para a criança, não é, porque ela tem muitos rituais, sua vida é toda organizada...” (l. 8), a palavra destacada indica
(A) oposição.
(B) alternância
(C) conclusão.
(D) explicação.

Texto 2:

Tormento não tem idade

Meu filho, aquele seu amigo, o Jorge, telefonou.
– O que é que ele queria?
– Convidou você para dormir na casa dele, amanhã.
– E o que é que você disse?
– Disse que não sabia, mas que achava que você iria aceitar o convite.
– Fez mal, mamãe. Você sabe que odeio dormir fora de casa.
– Mas, meu filho, o Jorge gosta tanto de você...
– Eu sei que ele gosta de mim. Mas eu não sou obrigado a dormir na casa dele por causa disso, sou?
– Claro que não. Mas...
– Mas o que, mamãe?
– Bem, quem decide é você. Mas, que seria bom você dormir lá, seria.
– Ah, é? E por quê?
– Bem, em primeiro lugar, o Jorge tem um quarto novo de hóspedes e queria estrear com você. Ele disse que é um quarto muito lindo. Tem até tevê a cabo.
– Eu não gosto de tevê.
– O Jorge também disse que queria lhe mostrar uns desenhos que ele fez...
– Não estou interessado nos desenhos do Jorge.
– Bom. Mas tem mais uma coisa...
– O que é mamãe?
– O Jorge tem uma irmã, você sabe. E a irmã do Jorge gosta muito de você. Ela mandou dizer que espera você lá.
– Não quero nada com a irmã do Jorge. É uma chata.
– Você vai fazer uma desfeita para coitada...
– Não me importa. Assim ela aprende a não ser metida. De mais a mais você sabe que eu gosto de minha cama, do meu quarto. E depois, teria de fazer uma maleta com pijama, essas coisas...
– Eu faço a maleta para você, meu filho. Eu arrumo suas coisas direitinho, você vai ver.
– Não, mamãe. Não insista, por favor. Você está me atormentando com isso. Bem, deixe eu lhe lembrar uma coisa, para terminar com essa discussão: amanhã eu não vou a lugar nenhum. Sabe por que, mamãe?
Amanhã é meu aniversário. Você esqueceu?
– Esqueci mesmo. Desculpe, filho.
– Pois é. Amanhã estou fazendo 50 anos. E acho que quem faz 50 anos tem o direito de passar a noite em casa com sua mãe, não é verdade?
Moacyr Scliar. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2001. P.178-4

Questão 04
No trecho “– Claro que não. Mas...” (l. 10), o uso das reticências sugere que a mãe
(A) esqueceu o que ia dizer.
(B) foi interrompida pelo filho.
(C) não tinha mais nada a dizer ao filho.
(D) tinha mais argumentos para tentar convencer o filho, mas faz uma pausa para permitir a ele pensar e quem sabe repensar sua decisão.

Questão 05
O uso da palavra “coitada” na frase “Você vai fazer uma desfeita para a coitada...” sugere que a mãe
(A) demonstra carinho pela moça.
(B) é indiferente ao sentimento da moça pelo filho.
(C) quer demonstrar um sentimento de compaixão para com a moça, objetivando convencer o filho.
(D) acha que a moça precisa de cuidados.

Questão 06
Embora os dois textos (Texto 1 e 2) versem sobre o mesmo tema, o tormento de dormir fora de casa pode causar a algumas pessoas, o texto 2 difere do 1
(A) por apresentar um caso de pessoas que sentem tormento ao pensar em dormir fora de casa, envolvendo um adulto, uma vez que o texto 1 só trata desse tormento em crianças.
(B) por dar um toque de humor ao tema.
(C) por demonstrar que o medo ou o transtorno de dormir fora de casa não tem a ver com a idade.
(D) por apresentar opiniões de especialistas.

Texto 3:      
   
                                      Fonte: Folha de S. Paulo, 25 out.1999.

Questão 07
A finalidade principal do texto acima é
(A) convencer.
(B) informar.
(C) relatar.
(D) solicitar um conselho.

Questão 08
Levando-se em consideração apenas o e-mail presente no anúncio publicitário da Bol, pode-se afirmar que
(A) a linguagem empregada está adequada, pois Dorinha usa uma linguagem formal, uma vez que não mantém uma relação íntima/pessoal com Boris Yeltsin.
(B) a linguagem não está adequada, pois Dorinha usa uma linguagem informal, mais apropriada para situações informais em que os interlocutores se conhecem e mantém uma relação mais familiar/pessoal.
(C) o uso do “tô” no fragmento “... eu tô com um dinheirinho...” representa uma marca do registro oral formal.
(D) a linguagem empregada está adequada, pois Dorinha e Yeltsin são amigos.

Questão 09
A palavra destacada em “... eu tô com um dinheirinho sobrando...” significa que Dorinha
(A) tinha pouco dinheiro.
(B) usou de modéstia ao referir-se ao dinheiro que tinha.
(C) tinha carinho pelo dinheiro.
(D) desprezava o dinheiro que tinha.

Texto 4:

Fonte: Folha de S. Paulo, 15 ago. 2005

Questão 10
Na tirinha acima, a palavra “tão” (1º quadrinho) está sublinhada e a palavra “tira!” (4º quadrinho) se apresenta em negrito para
(A) demonstrar que os locutores estão gritando.
(B) dar realce ao discurso, para chamar a atenção do leitor.
(C) no primeiro caso, intensificar a ideia de a beleza ser absurda; no segundo, demonstrar a calma da personagem que fala.
(D) passarem desapercebidas pelo leitor.

Texto 5:

Fonte: O Estado de S. Paulo, 28 jul. 2005.

Questão 11
Levando-se em consideração o contexto (uma academia), o que o desenho representa, o modelo socialmente construído nos dias atuais sobre o que é “estar em forma”, o conhecimento sobre tirinha, pode-se dizer que o enunciado que reproduz a fala do professor denota
(A) uma ironia.
(B) uma incerteza.
(C) uma verdade.
(D) uma constatação.

Questão 12
No fragmento “O professor disse que estou tão em forma quanto um homem...”, a expressão destacada estabelece uma relação de
(A) conclusão.
(B) adição.
(C) comparação.
(D) explicação.

Texto 6:

Balada do rei das sereias
O rei atirou
Seu anel ao mar
E disse às sereias:
- Ide-o lá buscar,
Que se o não trouxerdes,
Virareis espuma
Das ondas do mar!
Foram as sereias,
Não tardou, voltaram
Com o perdido anel.
Maldito o capricho
De rei tão cruel!
O rei atirou
Grãos de arroz ao mar
E disse às sereias:
- Ide-os lá buscar,
Que se os não trouxerdes,
Virareis espuma
Das ondas do mar!
Foram as sereias,
Não tardou, voltaram,
Não faltava um grão.
Maldito o capricho
Do mau coração!
O rei atirou
Sua filha ao mar
E disse às sereias:
- Ide-a lá buscar
Que se a não trouxerdes,
Virareis espuma
Das ondas do mar!
Foram as sereias...
Quem as viu voltar?...
Não voltaram nunca!
Viraram espuma
Das ondas do mar.  
Bandeira, Manuel. Estrela da vida inteira. 2 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1970, p. 176.

Questão 13
No poema acima, o uso do ponto de exclamação nas frases que indicam as falas do rei e nos seguintes versos “Maldito o capricho/De rei tão cruel!”, “Maldito o capricho/ Do mau coração!”, serve para respectivamente:
(A) acentuar o tom de ameaça do rei e expressar a indignação do narrador com a crueldade do rei.
(B) acentuar o tom de ameaça do rei e expressar a complacência do narrador para com a crueldade do rei.
(C) expressar a bondade do rei e denotar a indignação do narrador com a bondade do rei.
(D) acentuar o tom de raiva do rei e expressar a indignação do narrador para com as sereias.

Questão 14
Pode-se deduzir do poema que
(A) apenas as sereias foram penalizadas, pois viraram espumas das ondas do mar.
(B) o rei também foi vítima de sua própria crueldade, pois perdeu sua filha.
(C) a filha do rei foi a única vítima.
(D) o rei conseguiu ter sua filha de volta.

Texto 7:

Stress

Todo mundo já percebeu que stress é uma das palavras mais utilizadas nos dias de hoje. Mas será que as pessoas sabem de fato o que significa isso? Não. Na verdade, são poucas as pessoas que sabem qual o significado exato dessa palavra ou de seus mecanismos no corpo.
A princípio, não se pode considerar o stress coisa inerentemente destrutiva. Na realidade, ele reflete nosso desejo natural e positivo de viver a vida intensamente e assim, podermos ser felizes. Então, já podemos prever que stress envolve nossos desejos. É o motor de nosso estímulo e, assim, é que nos leva a obter aquilo que desejamos. Portanto, é natural que, em um mundo como o nosso, a felicidade implique determinados desafios e vencê-los implique o surgimento de algum tipo de stress.
A cada desafio, sofremos desgastes de ordem mental e física para solucioná-los. O stress é um mecanismo que envolve uma infinidade de processos químicos no interior do nosso corpo e faz com que as suas características fiquem alteradas num dado momento. A isso se chama Mecanismo de Adaptação. Na medida em que estamos vivos, vamos estar sempre perseguindo um ou outro objetivo e isso, por si só, implica ficar estressado.
Normalmente ouvimos as pessoas se referindo aos efeitos nocivos do stress. Mas deveríamos pensar que há um continuum entre o bom e o mau stress. Se não tivermos nenhum stress, não ficaremos motivados sequer a sair da cama porque não haverá nada que nos faça levantar e sair para a vida. Faltariam estímulos. Entretanto, um stress além da conta faz com que você fique ansioso, esgotado, pressionado. Dá aquele vazio no estômago e o pensamento perde a precisão. Há desânimo, dores de cabeça e até mesmo hipertensão.
Um stress muito forte pode significar que você está passando por crises em sua vida. Essas crises podem ocorrer em função de mudanças em sua vida. E essas mudanças podem ser em grande número ou poucas, mas de grande significação.
Mário Quilici - 1999
www.psipoint.com.br/arquivo_psicossoma_stress.htm

Questão 15
O tema central do texto é
(A) desgastes de ordem mental.
(B) stress.
(C) motivação.
(D) crises causadas por mudanças.

Questão 16
A tese defendida no texto é
(A) todo mundo sabe o significado exato da palavra stress.
(B) é natural que, num mundo como o nosso, a felicidade implique determinados desafios.
(C) um stress muito forte pode significar que a pessoa está passando por crises.
(D) o stress é a manifestação do nosso organismo frente à busca por algo desejado, portanto não é coisa inerentemente destrutiva.

Questão 17
Um forte argumento usado no texto para mostrar que o stress não é inerentemente negativo é
(A) “Se não tivermos nenhum stress, não ficaremos motivados sequer a sair da cama...”.
(B) “Todo mundo já percebeu que stress é uma das palavras mais utilizadas nos dias de hoje”.
(C) “Normalmente ouvimos as pessoas se referindo aos efeitos nocivos do stress”.
(D) “Há desânimo, dores de cabeça e até mesmo hipertensão”.

Texto 8:

A morte da Tartaruga

O menininho foi ao quintal e voltou chorando: a tartaruga tinha morrido. A mãe foi ao quintal com ele, mexeu na tartaruga com um pau (tinha nojo daquele bicho) e constatou que a tartaruga tinha morrido mesmo. Diante da confirmação da mãe, o garoto pôs-se a chorar ainda com mais força. A mãe a princípio ficou penalizada, mas logo começou a ficar aborrecida com o choro do menino. “Cuidado, senão você acorda seu pai”. Mas o menino não se conformava. Pegou a tartaruga no colo e pôs-se a acariciar-lhe o casco duro. A mãe disse que comprava outra, mas ele respondeu que não queria, queria aquela, viva! A mãe lhe prometeu um carrinho, um velocípede, lhe prometera uma surra, mas o pobre menino parecia estar mesmo profundamente abalado com a morte do seu animalzinho de estimação.
Afinal, com tanto choro, o pai açodou lá dentro, e veio estremunhado, ver de que se tratava. O menino mostrou-lhe a tartaruga morta. A mãe disse: – “Está aí assim há meia hora, chorando que nem maluco. Não sei mais o que fazer. Já lhe prometi tudo, mas ele continua berrando desse jeito”. O pai examinou a situação e propôs: – “Olha Heriquinho. Se a tartaruga está morta não adianta mesmo você chorar. Deixa ela aí e vem cá com o pai”. O garoto depôs cuidadosamente a tartaruga junto do tanque e seguiu o pai, pela mão. O pai sentou-se na poltrona, botou o garoto no colo e disse: – “Eu sei que você sente muito a morte da tartaruguinha. Eu também gostava muito dela. Mas nós vamos fazer pra ela um grande funeral”. (Empregou de propósito uma palavra difícil). O menininho parou imediatamente de chorar. “Que é funeral?” O pai lhe explicou que era um enterro. “Olha, nós vamos à rua, compramos uma caixa bem bonita, bastante balas, bombons, doces e voltamos para casa. Depois botamos a tartaruga na caixa em cima da mesa da cozinha e rodeamos de velinhas de aniversário. Aí convidamos os meninos da vizinhança, acendemos as velinhas, cantamos o “Happy-Birth-Day-To-You” pra tartaruguinha morta e você assopra as velas. Depois pegamos a caixa, abrimos um buraco no fundo do quintal, enterramos a tartaruguinha e botamos uma pedra em cima com o nome dela e o dia em que ela morreu. Isso é que é funeral! Vamos fazer isso?” O garotinho estava com outra cara. “Vamos, papai, vamos! A tartaruguinha vai ficar contente lá no céu, não vai? Olha, eu vou apanhar ela”. Saiu correndo. Enquanto o pai se vestia, ouviu um grito no quintal. “Papai, papai, vem cá, ela está viva!” O pai correu pro quintal e constatou que era verdade. A tartaruguinha estava andando de novo, normalmente. “Que bom, hein?” – disse. – “Ela está viva! Não vamos ter que fazer o funeral!” “Vamos sim, papai” – disse o menino ansioso, pegando uma pedra bem grande – “Eu mato ela”.

MORAL: O importante não é a morte, é o que ela nos tira.

Fernandes, Millôr. Fábulas fabulosas. São Paulo: Círculo do Livro, 1973.

Questão 18
O fato que gerou o conflito e desencadeou o enredo na fábula acima é
(A) o menino ter ido ao quintal.
(B) a mãe ter ido ao quintal com o menino.
(C) o menino ter achado que a tartaruga tinha morrido.
(D) o pai ter acordado e ir ver o que estava acontecendo.

Questão 19
Na fábula, o menino parou imediatamente de chorar por que
(A) a mãe lhe disse que comprava outra tartaruga.
(B) o pai lhe distraiu e lhe despertou a curiosidade ao usar uma palavra difícil.
(C) o pai lhe disse que se a tartaruga estava morta não adiantava ele chorar.
(D) constatou que a tartaruga estava viva.

Questão 20
A palavra destacada em “Olha, Heriquinho.” foi usada para
(A) demonstrar que o pai tem afeto, carinho pelo filho.
(B) demonstrar o tamanho do menino.
(C) demonstrar que o pai menospreza o filho.
(D) demonstrar que o pai estava irritado com o filho.

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